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Um debate sobre a família de A a Z

Chairman of the German Bishops’ Conference, Bishop, Reinhard Cardinal Marx, archbishop of Munich and Freising – pt

ROLF VENNENBERND/dpa

GERMANY, Muenster : Newly elected chairman of the German Bishops' Conference, Bishop, Reinhard Cardinal Marx, archbishop of Munich and Freising smiles after his election during the spring general asselmbly of the German Bishops' Conference in Muenster, Germany, 12 March 2014. The spring general asselmbly of the German Bishops' Conference will last until 13 March. Photo: ROLF VENNENBERND/dpa

Chiara Santomiero - publicado em 08/10/14

“Sínodo: não um elenco de problemas, mas uma mensagem de esperança”, diz cardeal Reinhard Marx

No Sínodo da família, o debate é aberto e a diversidade de opiniões entre os cardeais não é um problema. Foi o que afirmou o cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência episcopal da Alemanha. É verdade que existem diversas posições em relação à possibilidade de acesso à comunhão, sob determinadas condições, para os divorciados e casados novamente, assim como se demonstrou na publicação dos livros do cardeal Kasper, por um lado, e por publicações de 5 outros cardeais, por outro lado. Mas segundo Marx não existe “uma atmosfera de desencontro” e é muito importante a metodologia da sinodalidade: “é uma experiência e significa falar abertamente e sobretudo escutar muito bem os outros”. 

Em relação aos bispos alemães, que aproveitaram e discutiram muito sobre os temas, disse o cardeal: “a maioria concorda com a proposta de Kasper”. Segundo o presidente da Conferência episcopal alemã, “é necessário que sobre os temas da família exista um debate público em nível mundial. Pio XII ressaltou a importância de uma Igreja aberta ao confronto com a opinião pública”. Na Alemanha será assim, utilizando o período entre as duas assembleias e a mensagem final do Sínodo extraordinário para abrir um debate público e “não calar a mensagem do alto”. Terá também um bispo que se ocupará disso de maneira específica. 

O objetivo não é uma espécie de reconquista daquilo que existia – “seria uma visão anti-histórica” -, mas “olhar para a situação da família assim como é hoje, tendo em consideração as mudanças que existiram no decorrer dos anos. O Evangelho – afirmou o presidente da Conferência episcopal alemã – não é algo estático, um sistema fixado para sempre, mas seguir uma Pessoa, e tenho a esperança de que nos próximos dias isso se compreenda bem e se possa falar de tudo, de A a Z”.

Por outro lado, não é que os homens e as mulheres de hoje sejam indiferentes àquilo que a Igreja diz. “Todos – ressaltou o cardeal – querem um marido e uma mulher para sempre e não por uma noite apenas. Todos concordam sobre o matrimônio: não o cancelaremos”. Mas a pergunta é: “o que fazer se o objetivo não for alcançado? Muitos por este motivo se sentem de ‘segunda classe’, mas não se diz que aqueles que têm um matrimônio feliz devam ser excluídos. Não se pode dar soluções gerais, é preciso ver caso por caso. Se algo se quebra, é preciso encontrar uma cura. O sacramento permanece sacramento, mas a Igreja não pode dizer a estas pessoas que Deus não as aceita”.

“O importante – concluiu o cardeal – é que se saia do Sínodo com uma mensagem de esperança e não com um elenco de problemas e erros. É preciso compreender o que é o nosso Evangelho nas situações concretas para dar esperança às famílias e a todo o povo de Deus”.

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