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O casamento não é um contrato, é vocação

Wedding – Sabrina Fusco – pt

© Sabrina Fusco

Clarissa Oliveira - publicado em 10/10/14

A Igreja precisa sempre anunciar a indissolubilidade do matrimônio, mas ela também vive no mundo

Na manhã desta sexta-feira, 10 de outubro, os leigos que estão participando como auditores no sínodo sobre a família, os quais deram seus testemunhos no decorrer do últimos dias, puderam completar suas intervenções, assim como os padres sinodais.

Filhos, casamento, divórcio e consequências

Hoje um dos olhares do sínodo foi dedicado aos filhos. Algumas questões foram levantadas pelos próprios padres sinodais a respeito dos efeitos que os filhos sofrem de casamentos rompidos. 

Como a Igreja pode auxiliar as crianças que sofrem os efeitos do divórcio? Crianças que muitas vezes parecem bolinhas de ping-pong, indo de um lado a outro. Passam a semana com um dos pais, o fim de semana com outro e assim por diante. 

Outra questão levantada nesta manhã foi a respeito dos filhos de homossexuais. Mesmo a Igreja não acolhendo e não aceitando a união homossexual, não pode fechar as portas aos filhos. É preciso cuidar deles.

Um dos padres sinodais relembrou a necessidade de se ver a situação do casamento atual pela perspectiva dos filhos e completou: “Irmãos, sou filho de divorciados e vivi, como filho, os estigmas do divórcio sobre meus pais e sobre mim”.

Indissolubilidade do casamento e fidelidade

Nossas Igrejas estão cheias de viúvas e viúvos do divórcio. Pessoas que são fiéis às leis da Igreja, ou seja, ao seu matrimônio, mas foram abandonadas pelo(a) companheiro(a). A Igreja precisa sempre anunciar a indissolubilidade do matrimônio, mas ela também vive no mundo. Qual caminho de penitência e reconciliação é preciso elaborar para trazer essas pessoas de volta?

Povo de Deus

A voz dos leigos participantes: “que os bispos tenham uma atenção especial à formação permanente dos sacerdotes, do ponto de vista antropológico e teológico, mas também nas habilidades de comunicação. Os sacerdotes, além de acompanhar os fiéis em seus caminhos espirituais, devem saber explicar com argumentos em contextos pacíficos e de conflitos os ensinamentos da Igreja sobre o matrimônio e a família. Que o amor conjugal e a família ocupem o lugar correspondente na oração dos sacerdotes e dos bispos. É preciso falar desses temas nas homilias, de maneira convincente, persuasiva, conectando a Palavra de Deus com a vida cotidiana das famílias. Para muitos dos fiéis a missa dominical é o único meio de formação”.

“A vocação ao matrimônio não é um contrato, é o amor como dom, não como uso. É preciso respeitar mais o sacerdócio dos leigos. A misericórdia e a verdade não são opostas, a misericórdia é vivida dentro da verdade. Por que não abrimos nossos tribunais eclesiásticos aos leigos, especialmente às mulheres, que com seu espírito feminino têm tanto a contribuir?”, questionou um dos padres sinodais.

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