Todos os cristãos estão fugindo da terra onde tudo começou. Este foi o alarme lançado pelo porta-voz do Patriarcado grego ortodoxo de Jerusalém, padre Issa Musleh, que aponta a contínua migração dos cristãos residentes nos territórios palestinos. “A emigração dos cristãos – afirma – é uma questão muito séria e tememos que num futuro próximo igrejas e mosteiros possam se encontrar desertos e se tornem museus”.
Entrevistado pelo site al-Nashra Palestinian, o sacerdote ressalta que os cristãos que vivem em West Bank, algumas áreas de Jerusalém, Gaza e Belém diminuíram para 40 mil. “A migração – explica – por causa da crise econômica, pela dureza da ocupação israelense e pela contínua opressão que sofrem em geral os palestinos”: nos últimos anos famílias inteiras deixaram a Terra Santa, com destino a Europa e Estados Unidos.
Pe. Musleh acrescentou que “o êxodo dos cristão do Oriente Médio vai minar a força da causa palestina”. segundo o sacerdote “os cristãos combateram, sacrificaram suas vidas e se ofereceram pela salvação da terra deles e pelo direito à independência e liberdade do povo palestino. Queremos confiar que os cristãos agarrados em suas raízes, seu solo sagrado, terra dos pais e dos profetas, não irão embora assim facilmente”.
“Não abandonaremos os nossos irmãos muçulmanos, precisamos levantar a voz para que ouçam o nosso grito através do mundo, na esperança de poder mover as consciências e colocar fim aos sofrimentos do nosso povo”.
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