Um dos temas mais debatidos nos últimos dias no sínodo foi o contexto atual de crise em que a família está inserida.
Para alguns jovens o fato de se casar e constituir uma família é um grande desafio, tantas vezes tido em primeiro lugar como desafio econômico.
A Itália é o antepenúltimo país no mundo em taxa de natalidade. Em 2013 nasceram 510 mil crianças, 20 mil a menos que o ano anterior. Hoje os italianos lutam, protestando nas ruas, contra leis e políticas demográficas que não apoiam as famílias.
No Brasil a situação não é muito diferente. Segundo índices do IBGE, de 2000 a 2014 a taxa de natalidade no país também teve uma queda considerável.
A instituição familiar possui uma força muito maior do que o próprio homem possa compreender. Os efeitos dos atos e decisões atuais contra esta instituição nós os veremos num futuro não muito distante, pois hoje já colhemos frutos dos ataques de ontem.
“O gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias, se bem que, algumas vezes, acompanhadas de não poucas dificuldades e angústias.” (Paulo VI, Humanae Vitae, n°1)
“Por outras palavras, não se poderia admitir que a fecundidade procriadora pertence ao conjunto da vida conjugal, mais do que a cada um dos seus atos? Pergunta-se também, se, dado o sentido de responsabilidade mais desenvolvido do homem moderno, não chegou para ele o momento de confiar à sua razão e à sua vontade, mais do que aos ritmos biológicos do seu organismo, a tarefa de transmitir a vida.” (Paulo VI, Humanae Vitae, n°3)
Ao se colocar contra a natureza, o homem precisa compreender que interfere também no amanhã, no futuro, e que as consequencias virão.