A Etiópia persegue implacavelmente e tortura sua maior etnia, os oromo, considerado um grupo que se opõe ao governo, acusa a Anistia Internacional em um relatório publicado nesta terça-feira.
Milhares de oromos são regularmente vítimas de prisões arbitrárias, prolongadas e sem indiciamento, de desaparecimentos forçados, de reiterados atos de tortura e de execuções extrajudiciais, segundo o texto baseado em mais de 200 testemunhos.
"Dezenas de dissidentes, confessos ou não, foram assassinados", afirma ainda.
Segundo a ONG, 5.000 oromos foram presos desde 2011, geralmente sob pretextos vagos ou por sua oposição clara ou suposta ao governo.
Muitos foram acusados de apoiar o grupo insurgente Frente de Libertação Oromo (OLF).
Por ora, o governo não reagiu às acusações, mas no geral costuma desmentir esse tipo de relatório de ONGs internacionais.