Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quinta-feira 25 Abril |
Aleteia logo
Atualidade
separateurCreated with Sketch.

Denis Mukwege, o anjo da guarda das mulheres violentadas

Denis Mukwege 2 – pt

© MONUSCO

Corrado Paolucci - publicado em 03/11/14

Prêmio Sacharov, pela liberdade de pensamento, ao ginecologista que devolveu a dignidade a vítimas de estupro e violência

As mulheres africanas o consideram um verdadeiro salvador. E agora também o Parlamento Europeu reconhece publicamente o seu valor. Este á Denis Mukwege, médico de profissão, conhecido também como “o homem que cura as mulheres”. 

Ele acaba de recer o prêmio Sacharov pela liberdade de pensamento, um dos mais importantes reconhecimentos do Parlamento Europeu.

© United Nations Photo 

16 anos curando vítimas de estupro

O doutor Mukwege vive e trabalha em Bukavu, capital da região de Sud Kivu, extremo leste da República Democrática do Congo, divisa com Burundi e Ruanda. Esta região, há vinte anos, é teatro de uma guerra que é superada em número de vítimas apenas pela Segunda Guerra Mundial. As vítimas deste conflito não são apenas os que morreram: as primeiras vítimas são as mulheres. Não apenas estupros, mas torturas indescritíveis, que deixam marcas por toda a vida. Uma violência que destrói o aparato reprodutivo feminino, aniquila a dignidade das mulheres e destrói o tecido social. 

O médico passou sua vida denunciando os estupros de guerra que duraram 16 anos na República Democrática do Congo. Ele tratou milhares mulheres violentadas e que tiveram suas vidas marcadas, além de erguer as suas pobres e fracas vozes perante o mundo. Isso para que todos pudessem ao menos saber da existência delas.

© United Nations Photo 

Ligado à humanidade

O anúncio do prêmio foi feito pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, no encerramento de uma breve reunião entre os líderes. “A humanidade e os presidentes dos grupos políticos decidiram dar o Prêmio Sakharov 2014 a um médico que está à frente da luta pelos direitos das mulheres no continente africano”. Houve consenso imediato (La Stampa, 22 de outubro).

Tags:
liberdadeMulherSaúdeViolência
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia