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Papa Francisco: “Se me matarem? É o melhor que poderia me acontecer”

Contemplative Pope Francis – pt

Catholic Church England

Valores Religiosos - publicado em 14/11/14

Entenda o sentido desse comentário espontâneo do Santo Padre

Diretamente de Roma, o representante da secretaria de Programação para a Prevenção da Dependência Química e da Luta contra o Narcotráfico (Sedronar) revelou uma conversa que teve com o PapaFrancisco em um dos seus últimos encontros.

“Eu disse ao Papa: ‘Cuide-se, porque podem querer matá-lo’, e ele me respondeu: ‘Isso seria a melhor coisa que poderia me acontecer, e a você também’”, recordou o Pe. Juan Carlos Molina, quem voltou a se encontrar na última quarta-feira com o Sumo Pontífice para apresentar-lhe um grupo de jovens recuperados de sua dependência das drogas.

Jornalistas do programa de Dady Brieva na Rádio América lhe perguntaram sobre esta estranha frase, e o funcionário relacionou as palavras do Papa ao “olhar do martírio” de Francisco. “Ele tem claro que seu papel não é fácil”, disse a respeito disso.

Também esclareceu que esta frase não foi uma advertência sobre um possível risco de assassinato: “Não foi uma referência a um assassinato; foi uma conversa e ele tem isso claro”, disse o funcionário em uma reportagem com Luis Novaresio, na rádio La Red.

Após comparar o encontro com o Papa com o de um padre que recebe um irmão menor, Molina insistiu: “Ele tem claro que, com as coisas que diz, está dando sua vida”.

Ao mesmo tempo, o titular da Sedronar revelou agora que Francisco “não usa colete antibalas”; sua batina é de tecido comum e “é assim que ele vive seu papado”, destacou.

Molina revelou também que, no encontro desta semana, o PapaFrancisco deu seu apoio ao projeto de não criminalizar os consumidores de drogas para ir contra os grandes traficantes.

Mas, para conseguir que isso se torne lei, será preciso superar a rejeição por parte da oposição, e até de um setor do próprio governo italiano. Um deles é o secretário de Segurança, Sergio Berno, quem já manifestou que não concorda com a proposta.

Consultado a respeito disso, Molina reconheceu as diferenças, mas não deu importância a isso: “Sempre, nas equipes, há confrontação de ideias. Mas isso não quer dizer que estejamos brigando nem nada disso”.

“Temos diferenças metodológicas no campo da polícia, mas não é um problema entre Sergio e eu, de modo algum”, insistiu. No entanto, apenas alguns minutos antes, acusou as forças de segurança de plantar provas nos jovens. “Às vezes não se sabe se a polícia vai achar algo ou colocar algo no bolso da pessoa”, advertiu.

(Artigo publicado originalmente por Valores Religiosos)

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