Quando o Papa Francisco entrar no avião com destino a Estrasburgo, ele marcará um recorde: a mais breve entre todas as viagens feitas pelos Papas, somente 3 horas e 50 minutos. Mas, na Turquia, sua viagem durará três dias, para renovar o abraço ao patriarca Bartolomeu I, na festa de Santo André. O porta-voz vaticano, padre Federico Lombardi, ilustrou ontem, 17 de novembro, os detalhes da quinta (25 de novembro) e sexta (28-30 de novembro) viagens internacionais do Papa Francisco.
“Nenhuma outra viagem papal teve uma duração tão breve”, afirmou Lombardi, falando da viagem a Estrasburgo do Papa Francisco. Ele falará ao Parlamento Europeu e depois ao Conselho da Europa. Esta visita está focada nos encontros das assembleias e não inclui visitas pastorais. O Papa não visitará nem mesmo a catedral, assim como não está previsto um passeio pela cidade para encontrar a população. Com esta viagem o Papa falará a toda Europa e será uma ocasião muito relevante.
Ao Parlamento Europeu, o Papa Francisco, depois de um discurso introduzido pelo presidente Martin Schulz, encontrará o premier italiano Matteo Renzi; o presidente de turno do Conselho UE, Jean Claude Junker e Herman Van Rompuy, atual presidente do Conselho europeu. Ao Conselho da Europa, onde pronunciará o segundo discurso, Bergoglio será acolhido por Thorbjorn Jagland, secretário geral, e pela presidente suíça da assembleia parlamentar, Anne Brasseur.
“Não existe conflito entre ser chefe de Estado e autoridade religiosa – afirmou Lombardi -. Todos sabem que o Papa tem uma grande autoridade de caráter religioso e moral, que as autoridades políticas do mundo reconhecem e com a qual desejam entrar em contato, tanto que existem muitos embaixadores credenciados na Santa Sé”.
De outra maneira, a viagem do Papa a Ankara e Istambul decorre “em continuidade com a tradição das viagens dos papas à Turquia e ao patriarcado ecumênico de Constantinopla”, afirmou Lombardi. A visita do Papa Francisco irá corresponder com a última de Bento XVI.
Na motivação da viagem de Bergoglio, além da atenção para com o país e seu papel no contexto do Oriente Médio, estão presentes o diálogo inter-religioso em relação também à pequena comunidade católica presente na Turquia. Além do diálogo ecumênico com o patriarca Bartolomeu I, com o qual estão em andamento relações de “fraterna amizade”, desde a celebração do início do ministério petrino, no qual o patriarca de Constantinopla participou.