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Os 7 conselhos de Santo Ambrósio para educar bem

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Corrado Paolucci - publicado em 22/11/14

Sábias dicas de um santo, em palavras que eram válidas em seu tempo e permanecem mais atuais do que nunca

Um dia meu pai colocou na geladeira de casa uma folha com a seguinte citação: o amor e a estima entre pais e filhos ajudarão a estes mais do que mil recomendações; eles serão ajudados pelos gestos que viram em casa: os afetos simples, corretos e expressos com pudor, o dar-se valor recíproco, o senso de proporção, o domínio das paixões, o gosto pelas coisas belas e a arte, a força também de sorrir (Santo Ambrósio).

Cada vez que eu abria a geladeira, meus olhos liam algumas daquelas palavras. Era impossível não concordar com o que estava escrito naquele pedaço de papel amarelado pelos anos, mas que permaneceu ali. Era como se Santo Ambrósio continuasse a me dizer: “olha que estas palavras eu preparei para você: valiam quando escrevi, valem agora e valerão para sempre”. 

Hoje vou me tornar pai e pela primeira vez releio estas linhas como adulto e não mais somente como destinatário. Um sentido de impotência, misturado com temor, impregna meu coração. Serei um bom pai? Saberei acompanhar meu filho na estrada que foi preparada para ele? E depois, o que será dele? O desafio está começando e estar em companhia da Igreja, com um grande aliado como Santo Ambrósio, torna mais saboroso e atraente o início deste caminho.

Desejo compartilhar com todos o texto que completa a citação. É um pedaço dos “Sete diálogos com Ambrósio, bispo de Milão” (Centro Ambrosiano, 1996).

1- A educação dos filhos é para adultos dispostos a arriscar uma dedicação que se esquece de si mesmo: serão capazes o marido e a mulher que se amam o suficiente para não mendigar afeto. 

2- O bem dos seus filhos será aquele que eles próprios escolherem: não sonhem por eles os seus desejos. Bastará que saibam amar o bem e se guardar do mal, e que tenham horror à mentira.

3- Não pretendam, portanto, definir o futuro deles; tenham confiança neles, mesmo que os surpreendam e pareçam se esquecer de vocês. 

4- Não encorajem ingênuos sonhos de grandeza, mas se Deus os chama para algo belo e grande, não sejam vocês a pedra que os impeça de voar.

5- Não tenham a arrogância de tomar decisões no lugar deles, mas os ajudem a entender que é preciso decidir, e não se assustem se aquilo que amam causa cansaço e às vezes faz sofrer: é insuportável uma vida vivida por nada. 

6- Mais que seus conselhos, irá ajudá-los a estima que eles têm por vocês e a estima que vocês têm por eles; mais do que mil recomendações sufocantes, irão ajudá-los os gestos que viram em casa: os afetos simples, corretos e expressos com pudor, a estima recíproca, o senso de proporção, o domínio das paixões, o gosto pelas coisas belas e a arte, a força também de sorrir. E todos os discursos sobre caridade não me ensinaram mais do que os gestos da minha mãe, que dava espaço em casa para um mendigo faminto. Não encontro gesto melhor para dizer do orgulho de ser homem, do que quando meu pai tomou a vez para defender um homem acusado injustamente.

7- Que os filhos habitem a vossa casa com aquele saudável bem-estar que traz felicidade e os encoraja justamente a sair de casa, pois se trata de um ambiente de confiança em Deus e do gosto de viver bem.

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EducaçãoFamíliaFilhosPaternidade
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