Algumas igrejas da cidade iraquiana de Mossul foram transformadas em centros de detenção pelos jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico, que vem ditando a própria lei no norte do país.
De acordo com fontes locais que postaram comentários recentemente no site www.ankawa.com, alguns dos prisioneiros foram vendados, algemados e levados para uma antiga igreja caldeia, a da Imaculada Conceição, na parte oriental da cidade.
A agência de notícias Fides recebeu informações de que o mosteiro de São Jorge foi transformado em um centro de detenção para mulheres. Há indícios de que as prisioneiras estejam sofrendo abusos sexuais no “mosteiro-presídio”.
Na segunda-feira 24 de novembro, ainda em Mossul, jihadistas armados do Estado Islâmico usaram explosivos para provocar graves danos ao mosteiro do Sagrado Coração, das religiosas caldeias, que já estava ocupado pelos milicianos como alojamento e base de apoio logístico (Fides, 24/11/2014).
Rebwar Audish Basa, procurador da congregação de Santo Antônio dos caldeus, declarou à Fides que "os jihadistas do Estado Islâmico ocupam as igrejas, algumas das quais têm séculos e séculos de história. Um dos nossos medos é que qualquer ataque militar para libertar Mossul vai considerar as igrejas como alvos inevitáveis, porque elas se tornaram bases logísticas dos jihadistas. É claro que, se as igrejas mais antigas forem destruídas, nós não vamos conseguir reparar os danos nem compensar uma perda dessa natureza".
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