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5 fatos que talvez você não saiba sobre o dia 1º de janeiro

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Marge Fenelon - publicado em 01/01/15

Ano novo? Ressaca do réveillon? Ou Solenidade de Maria, Mãe de Deus?

Se alguém lhe perguntasse qual é o significado do dia 1º de janeiro, o que você diria?

A primeira coisa que provavelmente vem à sua mente é que é o primeiro dia do ano novo. Você também poderia dizer que é um dos maiores dias de ressaca de todo o ano. Se você conhece a sua fé católica, pode se lembrar ainda de que a Igreja, nessa data, homenageia Maria como Mãe de Deus. As três afirmações estão corretas. Mas será que há mais alguma coisa que podemos aprender sobre essa data?

Eu gostaria de destacar cinco fatos que muita gente não sabe sobre o dia 1º de janeiro:

1. O dia 1º de janeiro é a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. Uma solenidade é uma celebração litúrgica diferente dos dias de festa e de memória. Os três tipos de celebração honram os santos ou aspectos especiais de Jesus e de Maria, mas as solenidades constituem o grau mais elevado de celebração litúrgica, ficando reservadas para os mistérios mais importantes da Fé. As solenidades incluem a Páscoa, o Pentecostes, a Imaculada Conceição, os principais títulos de Jesus e os dias dos Santos de particular importância na história da salvação. As missas das solenidades têm os mesmos elementos básicos das missas de domingo, incluindo as três leituras, a oração dos fiéis, o Credo e o Glória. Algumas solenidades também são dias de festa de preceito, mas isto varia de país para país, de acordo com os padrões estabelecidos pelas conferências episcopais.

2. A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, é comemorada na Oitava do Natal. O nome “oitava” se refere à antiga prática da Igreja de celebrar o Natal durante oito dias. É uma tradição que remonta ao Antigo Testamento, quando o povo hebreu observava muitas das suas festas ao longo desse mesmo período de oito dias, como, por exemplo, a Festa dos Tabernáculos e a festa da Dedicação do Templo. Mais tarde, o imperador romano Constantino acrescentou a celebração da dedicação das basílicas a essa tradição. Houve, no passado, várias festas celebradas com oitavas. Depois do Concílio Vaticano II, porém, somente a Páscoa e o Natal mantiveram a sua oitava. O que levava os hebreus a celebrar suas grandes festas durante oito dias eram a vida muito tumultuada e as pressões e divisões causadas pelas tradições pagãs, que afetavam o cotidiano das famílias judias. A Igreja também optou pelo período de oito dias para que as famílias pudessem viver mais plenamente a importância dessas festas litúrgicas. Tendo o Natal a importância que tem, não é de admirar que a Igreja nos ofereça oito dias de especial contemplação do seu mistério, embora, tradicionalmente, a época natalina termine com o batismo de Jesus, a ser comemorado, neste novo ano, em 11 de janeiro.

3. “Mãe de Deus”, ou, em grego, “Theotokos”, é o título mais elevado de Maria. Ela o recebeu durante o Concílio de Éfeso, no ano de 431. O concílio ensinou que a humanidade e a divindade de Jesus não podem ser separadas e que, portanto, Maria merece com justiça o título de Mãe de Deus. Maria trouxe Jesus ao mundo e, por isso, é realmente a mãe de Deus, já que Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

4. A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, é a festa mariana mais antiga celebrada na Igreja católica.

5. Maria não é apenas a Mãe de Deus, mas também, verdadeiramente, nossa mãe. Ao dizer “sim” ao anjo Gabriel na Anunciação, Maria aceitou ser mãe de Jesus e, no mesmo instante, deu o seu “sim” para se tornar também a nossa mãe espiritual.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que Maria é nossa mãe na ordem da graça.

Seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. De uma forma inteiramente singular, com a sua obediência, fé, esperança e caridade ardente, ela cooperou na obra do Salvador: a obra de restaurar a vida sobrenatural das almas. Por esta razão, Maria é nossa mãe na ordem da graça.


Esta maternidade de Maria na ordem da graça perdura sem interrupção desde o consentimento que ela deu fielmente na Anunciação e manteve inabalável junto à cruz até a salvação eterna de todos os eleitos. Assunta ao céu, ela não deixou de lado este ofício salvífico: a sua multiforme intercessão continua a nos alcançar os dons da salvação eterna. Por isso, a Virgem Santíssima é invocada na Igreja com os títulos de Advogada, Auxiliadora, Socorro e Medianeira (cf. CCC 968, 969).

O papel de Maria como nossa mãe começou na Anunciação e continua por toda a eternidade. Por amar tanto o seu Filho, ela nos ama com ternura como membros do Corpo Místico de Cristo.

Ao acordarmos na manhã deste ano novo, podemos trocar o calendário, animados com as perspectivas de um ano realmente novo. Também podemos tratar de aliviar os sintomas da ressaca do réveillon… Mas, muito mais do que isso, podemos nos alegrar porque somos profundamente amados por uma mãe que é não “apenas” Mãe de Deus, mas também nossa mãe. Verdadeiramente!

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