O Conselho de Segurança da ONU fez um minuto de silêncio em sua reunião desta quinta-feira, em memória das 12 pessoas assassinadas no ataque ao semanário Charlie Hebdo, em Paris.
Os embaixadores dos 15 países-membro e os presentes na sala em silêncio depois de que o representante chileno, Cristian Barros Melet, que preside o Conselho em janeiro, expressou sua "profunda tristeza pelo intolerável ataque que ocorreu ontem em Paris".
O Conselho condenou energicamente a "barbárie e covardia do ataque terrorista" que matou cinco caricaturistas do semanário, entre outras vítimas mortais.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um chamado à tolerância ao evocar a terrível imagem do policial recebendo um disparo de um dos homens que cometeu o ataque, quando estava ferido no chão.
"Agora sabemos o nome do policial, era Ahmed Merabet. Ele mesmo era muçulmano", disse Ban em entrevista na sede da ONU.
"Esta é outra lembrança de que estamos encarando isso juntos. Nunca deve ser visto como uma guerra religiosa, pela religião ou da religião", afirmou.
Um vídeo de Merabet caindo no chão após receber um tiro e se contorcendo de dor comoveu o mundo. Os supostos agressores se aproximaram quando ele já estava deitado e o mataram.
Os assassinatos são "um ataque à humanidade, feito para aterrorizar e provocar", acrescentou Ban.
"Ceder ao ódio e às divisões só alimenta a espiral da violência, e é exatamente isso o que os terroristas querem. Não devemos cair nessa armadilha", alertou o secretário-geral.