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Grupos muçulmanos franceses pedem calma por novo número da Charlie Hebdo

I AM Charlie Hebdo – 09 – © Rob Watling CC – pt

© Rob Watling CC

https://www.flickr.com/photos/robwatling/15606058613

Agências de Notícias - publicado em 13/01/15

Este número - denominado "a edição dos sobreviventes" - terá três milhões de exemplares, contra os 60.000 normalmente impressos

As principais organizações muçulmanas na França pediram nesta terça-feira calma a sua comunidade e apelaram para que ela evite as reações emocionais, diante do lançamento na quarta-feira do primeiro número da Charlie Hebdo desde o atentado contra a revista satírica.

Este número traz em sua capa Maomé, com uma lágrima nos olhos, segurando um cartaz com a frase "Je suis Charlie", como fizeram as milhares de pessoas que se manifestaram no domingo na França e em muitas cidades do mundo.

Acima do desenho aparece o título "Tudo está perdoado", um sinal de apaziguamento que contrasta com a habitual feroz ironia da revista.

Para esta edição, a publicação voltou a escolher uma caricatura do profeta, desta vez assinada pelo cartunista Luz, para um número especial com tiragem de três milhões de exemplares, que será publicado na quarta-feira, após o atentado jihadista de 7 de janeiro contra a sede do jornal, que matou 12 pessoas, entre elas 5 chargistas.

Este número – denominado "a edição dos sobreviventes" – terá três milhões de exemplares, contra os 60.000 normalmente impressos, será traduzido para 16 idiomas e vendido em 25 países.

Seu distribuidor já recebeu uma avalanche de pedidos da França e do exterior, e por isso decidiu ampliar a 3 milhões a tiragem desta edição especial, inicialmente prevista para 1 milhão de exemplares.

Em 2006, o Charlie Hebdo reproduziu as caricaturas de Maomé cuja publicação no jornal dinamarquês JyllandsPosten desencadeou violentos protestos. A partir de então, o jornal satírico francês sofreu um incêndio criminoso e várias ameaças.

Os dois jihadistas que mataram 12 pessoas na sede do jornal, na semana passada, saíram gritando, "Vingamos o profeta! Matamos o Charlie Hebdo!".

(AFP)

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