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Quem se preocupa de verdade com as mulheres: as clínicas de aborto ou as organizações pró-vida?

Federal Abortion Funding Harms Women Experts Tell Congress Elvert Barnes – pt

Elvert Barnes

Susan E. Wills - publicado em 17/01/15

Vamos ver o que as estatísticas têm a nos dizer?

Desde que o aborto foi descriminalizado aqui nos Estados Unidos, já faz 42 anos, temos ouvido a desonesta ladainha de que "as pessoas que são contra o aborto só se preocupam com as crianças antes que elas nascem. Depois que nasceram, elas não estão nem aí para as mulheres e para os seus bebês indesejados".

Seria interessante, diante desse tipo de preconceito gratuito e descabelado, comparar números que mostrem quais são os meios concretos de ajuda oferecida às mulheres grávidas e aos seus filhos por parte de dois tipos de organização: uma que promove o aborto e outra que promove a defesa da vida.

A maior organização pró-aborto presente nos Estados Unidos é a Planned Parenthood, que conta com uma rede de 700 clínicas de aborto em todo o país.

Já entre as organizações pró-vida, há nos Estados Unidos cerca de 4.000 centros de apoio para as gestantes e aproximadamente 500 casas-abrigo para mulheres grávidas, algumas das quais também acomodam mulheres sem-teto com filhos pequenos. Sem tempo para compilar as estatísticas de todas essas organizações, eu decidi destacar uma delas em particular, a Good Counsel Homes, que comemora o seu 30º aniversário em março deste ano.

Planned Parenthood: ajudas prestadas a mulheres grávidas e crianças (1970-2015)
– Crianças abortadas: 6.600.000 (12% dos cerca de 57 milhões de mortes por aborto nos EUA)
– Mulheres grávidas que receberam abrigo e/ou refeições gratuitas durante a gravidez e durante os 12 meses seguintes ao parto: ZERO
– Bebês e crianças pequenas que receberam abrigo e/ou refeições gratuitas durante 1 ano: ZERO
– Mulheres que receberam gratuitamente aulas e capacitação para o trabalho: ZERO

Good Counsel Homes: ajudas prestadas a mulheres grávidas e crianças (1985-2015)
– Crianças abortadas: ZERO
– Crianças que nasceram graças à sua oferta de uma alternativa ao aborto: 880
– Mulheres grávidas que receberam abrigo e/ou refeições gratuitas durante a gravidez e durante os 12 meses seguintes ao parto: mais de 1.000
– Mulheres que receberam gratuitamente aulas e capacitação para o trabalho: mais de 1.000

E não é “só isso”. A Good Counsel também mantém um canal telefônico gratuito de apoio (linha 0800) que cobre todo o território dos Estados Unidos, funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e atende em média 3.000 mulheres por ano. A rede ainda mantém a que talvez seja a única casa pró-vida (Daystar) para mulheres com problemas de saúde mental e dependência química e/ou alcoólica.

As novas mamães e as mães que já têm crianças recebem capacitação e treinamento para poderem cuidar de si mesmas e dos filhos depois que saírem dos abrigos da Good Counsel. Essa capacitação consiste em "aulas semanais sobre nutrição, educação pós e pré-natal, maternidade (e paternidade), castidade, espiritualidade, finanças, preparação para o trabalho e habilidades em saúde e informática", segundo as informações de um boletim da própria Good Counsel. As mães ainda são registradas em instituições médicas das proximidades, para disporem do necessário atendimento de saúde.

Cada casa da rede mantém uma equipe treinada, presente no local durante as 24 horas do dia, todos os dias. Os profissionais desenvolvem planos de acompanhamento personalizado para cada mãe, com pontos de trabalho que são monitorados em sessões semanais. A equipe também ajuda as mães a se inscrever em programas educativos adequados aos seus interesses e necessidades.

A Good Counsel oferece, além disso, um "Programa de Saída", que o co-fundador Chris Bell compara com “uma irmã mais velha”: durante os primeiros dois anos depois de deixarem a Good Counsel, as mães se reúnem duas vezes por mês com o profissional que as acompanhou durante o tempo que passaram no abrigo. Ele as observa, ouve, orienta e apoia. O programa continua sendo um sucesso: as duas mães que saíram mais recentemente, por exemplo, já estão trabalhando em tempo integral, uma como assistente de dentista na Filadélfia e a outra em uma farmácia.

Em paralelo ao trabalho de ajudar com particular atenção as famílias monoparentais, a Good Counsel iniciou há 13 anos um ministério pós-aborto (Lumina/Hope e Healing After Abortion), que estende a mão às mulheres que sofrem por ter abortado, na esperança de levá-las ao encontro da misericórdia e do perdão de Deus.

Prestes a celebrar o seu 30º aniversário, a Good Counsel vê cada vida humana como uma pérola de grande riqueza aos olhos de Deus, tendo o infinito valor do Preciosíssimo Sangue de Jesus derramado pela nossa redenção. “O Reino dos céus é semelhante a um mercador de pérolas preciosas. Quando encontra uma de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e a compra” (Mt 13,45-46).

Neste próximo dia 22 de janeiro, acontece nos Estados Unidos a Marcha pela Vida, que é realizada como forma de protesto no mesmo dia em que o aborto foi aprovado no país. O evento, que mobiliza multidões em todos os Estados do país, vai bem além de apenas protestar: ele também propõe a todos os cidadãos um repensamento sobre o valor e a defesa da vida desde a concepção. A Marcha pela Vida convidou os participantes desta edição a refletirem sobre uma questão: "Por que marchamos?".

A Good Counsel apresentou a sua resposta: "Nós marchamos por todas as nossas mães e pelos seus filhos, tanto por aquelas que escolheram a vida quanto por aquelas que estão sofrendo devido ao aborto realizado no passado. Todas elas são pérolas de inestimável valor!".

Tags:
AbortoMulherSaúde
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