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O que fazer para lidar melhor com a minha sogra?

portrait of senior woman in front of middle aged son and daughter-in-law outdoors – pt

michaeljung

Zoe Romanowsky - publicado em 23/01/15

Tenho muito pouca coisa em comum com ela. Há maneira de amá-la?

Pergunta enviada por uma leitora da Aleteia:

Eu sei que esse dilema já é bem velho, mas como é que eu faço para lidar com a minha sogra? Tenho muito pouca coisa em comum com ela no tocante à fé, à política e a várias outras questões. Tirando o nosso amor em comum pelo filho e pelos netos dela, não sobra quase nada que nos conecte. Isso transforma todas as visitas dela em um desafio para mim. Como eu posso amar essa mulher que me aponta um caminho divergente em praticamente tudo?

Resposta da nossa colunista Zoe Romanowsky:

Querida leitora,

Realmente, a relação entre sogra e nora costuma ser considerada turbulenta por boa parte das pessoas. E isso muitas vezes é verdade, já que essa relação, pela sua própria natureza, é repleta de desafios em potencial. A esposa não escolhe a sogra e, a não ser nos casos de matrimônio arranjado, nem a mãe do noivo escolhe a nora. Às vezes, há decepção por parte dos dois lados desde o início.

Eu tenho três conselhos para você:

O primeiro deles é pensar com mais criatividade sobre as suas possibilidades de “conexão pessoal” com a mãe do seu marido, o que tornará mais fácil o relacionamento. Mesmo que você não tenha encontrado nada de relevante em comum com ela, provavelmente há algumas coisas que vocês compartilham. Vocês duas gostam de cozinhar? Vocês assistem a um mesmo programa de TV ou gostam de um mesmo estilo de filme? Não há algum lugar para o qual vocês duas já fizeram alguma viagem, mesmo que cada uma numa ocasião diferente? Ela tem algum talento ou interesse específico sobre o qual você possa fazer perguntas e engatar uma conversa? Qualquer que seja o campo em que você puder encontrar algo em comum para se conectar com ela, por mais insignificante que ele possa parecer, aproveite-o. As conversas não precisam ser obrigatoriamente profundas. Elas podem ser simplesmente amigáveis.

Você também pode começar a criar algumas experiências particulares com ela durante as visitas que ela faz à sua casa, como sair juntas para almoçar ou para tomar um café, falar de algum filme que aborde um tema rico em possibilidades de interpretação, fazer compras, etc. Essas experiências ajudam a construir um relacionamento.

Se nada disso der muito resultado, lembre-se do que existe de mais importante em comum entre vocês duas: o homem que é seu marido e filho dela e as crianças que são suas filhas e netas dela. Eles podem se tornar o foco principal das suas conversas e do tempo que vocês passam juntas.

O segundo conselho é, justamente, gerenciar bem esse tempo que você passa com a sua sogra. E é aí que entra o seu marido. Ele precisa saber, caso ainda não saiba, que essa relação é difícil para você; e você tem que ser clara sobre a duração e a frequência que considera “saudável” para as visitas dela. Converse com o seu marido, também, sobre as medidas que podem ajudar a controlar o seu nível de estresse quando a mãe dele vem de visita. Por exemplo, o seu marido poderia, quem sabe, sair sozinho com ela para algum passeio de mãe e filho. Ou você é que poderia sair sozinha durante algumas horas quando ela está passando um fim de semana com vocês. É uma questão de combinar as atividades.

Por último, você perguntou como poderia amar a sua sogra, que é tão diferente de você. O amor, conforme se diz, é também uma decisão. Sim, seria ótimo se você gostasse espontaneamente da mãe do seu marido. Mas você não precisa “sentir” amor por ela para realmente amá-la. O amor não é só um sentimento; o amor é a sua atitude consciente para com ela. Mostrar a sua hospitalidade quando ela visita vocês, incentivar a relação dela com o filho e com os netos, ser gentil, ter paciência, rezar por ela, tudo isso são atos reais de amor. Amá-la também é aceitá-la do jeito que ela é, deixando de lado a decepção que você teve ao ver que ela não era a sogra dos seus sonhos. Ela lhe deu, afinal de contas, um grande presente: o seu marido. Manter este fato sempre vivo na sua mente pode ajudar você em todo o resto.

Tags:
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