Seu mundo desmoronou quando ele descobriu no extrato bancário o pagamento feito a uma conhecida clínica de aborto
Esta é a história de um caso real atendido em uma clínica de ajuda psicológica. Os nomes, lugares e imagens são fictícios, mas a história, assim como a patologia, é verídica.
Jack tinha quase 40 anos e sonhava em ser pai quando conheceu Louise, quem já tinha um filho de uma relação anterior e aceitou ter um segundo filho com Jack.
Eles viviam felizes como uma família normal, até que Jack descobriu algo muito grave.
Antes de revelar o segredo de Louise, é melhor entender a família em que ela cresceu. Louise era a única filha mulher e tinha dois irmãos. Era a favorita do seu pai, com quem tinha uma relação muito próxima. Sendo ainda muito jovem, Louise emigrou para procurar emprego no exterior e, com muito esforço, terminou a faculdade.
Ela teve muitos méritos acadêmicos, mas sua vida social era um desastre. Tinha problemas com todos os seus namorados, era instável e promíscua.
Seu pai tentou ajudá-la, mas ela acabou se distanciando dele e começou a odiar os homens, começando pelo seu próprio pai.
Louise agravou mais sua vida sexual, teve um filho e continuou com um comportamento arrogante diante do seu pai. Economicamente forte e independente, ela achava ter as rédeas da sua vida, sentia-se a deusa do seu mundo.
Louise conheceu Jack e foi morar com ele. Jack aceitou com amor o filho de seis anos de Louise, mas esperava ansiosamente por ter também seu filho de sangue.
No entanto, quatro anos depois, Jack descobriu que não estava tendo tanta participação na planificação familiar, como imaginava. Descobriu em seu extrato bancário um débito feito a nome de uma conhecida clínica de aborto. Louise havia abortado recentemente sem sequer ter mencionado isso a Jack.
Isso supôs uma imensa tristeza para Jack, que queria muito ter um filho. Ele se sentiu desprezado e ignorado por Louise, e culpado por não ter podido defender seu filho, seu próprio filho. Seu luto foi intenso.
O casal se separou. Para Louise, a prioridade era ser uma mulher independente, inclusive se, para isso, fosse preciso pisotear o gênero masculino, já que ela se considerava rainha e senhora do seu corpo.
Para Jack, tanto a confiança como seu coração estavam destruídos. Ele sofreu um grave estresse pós-traumático devido àquele aborto. Fez tratamento psicológico, no qual lhe recomendaram despedir-se do seu filho não nascido, e então ele lhe preparou um pequeno funeral.
Jack preparou uma pequena caixa e lhe escreveu uma carta, contando sobre seu desejo de ser pai. Ele ainda tem um longo caminho a ser percorrido para recuperar a confiança em qualquer mulher.
(Artigo publicado originalmente por Nuestro Mundo al Revés)