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Minhas filhas gêmeas vão entrar na escola este ano: é melhor separá-las?

WEB School Student Jeffrey Bruno – pt

Jeffrey Bruno

Zoe Romanowsky - publicado em 31/01/15

Confira alguns fatores a levar em conta na hora de tomar esta decisão

Pergunta de uma leitora da Aleteia:

Estive pensando sobre este assunto nos últimos anos e agora vou ter que tomar uma decisão: é melhor colocar irmãos gêmeos em classes separadas ou deixá-los juntos durante o ensino fundamental? As nossas meninas gêmeas vão ter a primeira experiência escolar neste ano. Elas são inseparáveis: literalmente desde o ventre materno, estão sempre juntas. É difícil pensar em separá-las, mas nós queremos fazer o melhor para o crescimento individual delas.

Resposta:

Querida mamãe de gêmeas,

Eu também tenho filhas gêmeas e você pode ter certeza de que este é um assunto sobre o qual eu já pensei muito e conversei muitas vezes com outros pais. Além disso, em meio à minha família bastante numerosa, tenho dois irmãos gêmeos, o que significa que eu convivi com gêmeos durante a minha vida toda.

Não há uma resposta única para esta pergunta. Depende dos seus filhos, da escola e da sua situação familiar. É uma decisão que eu acho que tem que ser feita ano a ano, pois o que pode funcionar bem para eles no jardim de infância pode não ser tão bom na terceira série, por exemplo.

Em primeiro lugar, é preciso levar em consideração as suas filhas: elas são competitivas uma com a outra? Elas têm grandes diferenças em termos de habilidades pessoais? As diferenças entre elas geram constantes comparações? Uma delas é a "chefe" da outra? Se a resposta for “sim” para uma ou mais destas perguntas, pode ser uma boa ideia separá-las. No entanto, caso as suas gêmeas sejam adotadas, como as minhas, você também vai precisar avaliar se este é o melhor momento para separá-las. A adoção acrescenta um elemento muito importante a esta decisão.

Você também tem que levar em conta a escola que as meninas vão frequentar: é conveniente que elas fiquem na mesma sala de aula por causa de algum fator específico? Por exemplo, talvez só haja uma professora de quem você realmente goste na primeira série. Ou talvez uma turma seja muito maior do que a outra. Enfim, considere as realidades práticas que cada uma delas pode experimentar caso você as separe e caso as mantenha juntas.

Além disso, avalie se há coisas acontecendo em casa que podem tornar mais difícil a separação das suas filhas gêmeas. Existem fatores de estresse ou circunstâncias relevantes, como alguma doença na família, divórcio, morte, uma nova criança chegando etc.? Se houver problemas ou situações delicadas acontecendo em casa, a separação das gêmeas na escola pode não ser uma boa ideia, já que o vínculo entre elas traz mais segurança pessoal para cada uma.

Por último, mas não menos importante, pense no que as suas filhas achariam disso. Elas manifestam algum tipo de interesse em ir para salas de aula diferentes ou são inflexíveis em ficar juntas? Se elas ainda não foram à escola, elas não podem, naturalmente, dar uma opinião. É preciso observar as expectativas delas.

Sendo este o primeiro ano em que elas vão ter aulas, pode fazer mais sentido mantê-las juntas e observar o que acontece. O primeiro ano da escola tende a ser intimidador, e a experiência prática delas pode ajudar você a ter mais elementos para rever a decisão mais adiante.

Há muitos educadores que preferem separar os gêmeos, e eu os entendo. Em muitos casos, isso ajuda os gêmeos a desenvolver a própria individualidade. Mas nem sempre é necessário separá-los. Meus irmãos gêmeos, que são bem diferentes um do outro, passaram todo o ensino fundamental e médio na mesma sala de aula. Eles também tinham o mesmo círculo de amigos até chegarem à idade adulta (e ainda têm muitos amigos em comum). Mas foram para diferentes universidades, um longe do outro, e lidaram muito bem com isto. Eu nunca ouvi ou vi nenhum efeito negativo do fato de eles terem estudado juntos durante tanto tempo. Então, tudo depende de cada caso.

Aproveitando: ter gêmeos é ótimo! É um privilégio nosso, como pais, ajudá-los a desenvolver as suas próprias identidades e, ao mesmo tempo, manter o vínculo tão único e tantas vezes tão profundo que existe entre eles.

Tags:
EducaçãoFamíliaFilhosMulher
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