O governo malinês e seis grupos armados do norte do Mali assinaram, nesta quinta-feira, em Alger, uma "declaração" que prevê o fim imediato "de todas as formas de violência", acompanhou um jornalista da AFP presente no local.
Segundo o ministro argelino das Relações Exteriores, Ramtane Lamamra, a assinatura do documento tem como objetivo "criar no terreno um clima e um estado de espírito adequados para facilitar o progresso das negociações e chegar a um acordo de paz global".
A Argélia lidera a mediação internacional sobre a crise no Mali.
As partes envolvidas concordaram em "observar o cessar imediato de todas as formas de violência e se abster de qualquer ato, ou declarações provocadoras", segundo o texto consultado pela AFP.
As duas partes também se comprometeram com "continuar a negociação de boa-fé e dentro de um espírito construtivo (…) para se atacar, de forma duradoura, as causas das tensões observadas recentemente no terreno", acrescenta o documento.
O documento foi assinado na presença de Lamamra e do chefe da Missão da ONU no Mali (Minusma), Mongi Hamdi.
Os grupos signatários são: Movimento Nacional de Liberação do Azawad (MNLA), Alto Conselho pela Unidade do Azawad (HCUA), Movimento Árabe do Azawad (MAA), Movimento Árabe do Azawad-dissidente (MAA-dissidente), Coordenação para o Povo do Azawad (CPA) e Coordenação dos Movimentos e Frentes Patrióticas de Resistência (CM-FPR).
As negociações acontecem desde julho de 2014, em Alger.