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Um cristão pode ser soldado?

Soldati americani Seconda guerra mondiale – pt

© Public Domain

Il Timone - publicado em 03/03/15

A história desta foto precisa ser contada

"Militare est peccatum?": esta pergunta, ao longo dos séculos, abalou consciências e interpelou as inteligências mais astutas. O tema está intimamente ligado ao (não menos polêmico) da guerra e de sua possível legitimidade.

Junto ao "não matar" do quinto mandamento, o Catecismo admite que, em casos extremos, a guerra pode ser justa.

Pelo contrário, nem toda paz é justa. A paz não é justa onde se esmaga a dignidade humana e se negam os direitos da pessoa. Somente em uma sociedade utópica, toda paz – entendida como silêncio das armas – é a priori justa.

Da mesma maneira, é fruto de uma simplificação inaceitável sentenciar que existe uma contradição insuperável entre ser soldado e ser cristão.

O cristão está chamado a encarnar sua fé com mais empenho ainda nas circunstâncias mais trágicas e obscuras da aventura humana. Em "Il Timone", quem explica isso com habilidade e seriedade é Geraldina Boni, professora de Direito Canônico da Universidade de Bolonha.

A foto acima – eloquente e bela – é uma demonstração disso. Foi tirada em 1945, em um dos cenários bélicos mais absurdos e sanguinários de toda a 2ª Guerra Mundial: o Pacífico. Estamos na ilha japonesa de Iwo Jima, em 3 de março de 1945.

Não faltava muito para a rendição da Terra do Sol Nascente e, no entanto, o exército japonês lutou como nunca, colhendo a maior quantidade possível de vítimas.

De Iwo Jima é muito famosa outra foto também, a que imortaliza um pelotão de marinheiros que pretendiam içar a bandeira dos Estados Unidos quando o território estivesse livre dos inimigos. Um verdadeiro ícone; há inclusive um monumento venerado em Washington.

No entanto, esta foto dos soldados estadunidenses que recebem a comunhão durante a missa é ainda mais significativa e, portanto, mereceria ser inclusive mais famosa que a outra.

Imaginemos a cena: uma missa cantada entre as bombas e o sussurro das armas, celebrada na praia banhada pelo sangue, com um fundo de toda a força naval estadunidense. Parece surreal; no entanto, é uma realidade profunda e comovente.

Os homens, quando querem, quando se deixam ajudar pelo céu, são capazes de grandes coisas, inclusive em meio às perversidades mais incompreensíveis.

"Il Timone" reflete com abundância e inteligência sobre este tema, explicando inclusive o que aparentemente parece incompreensível. Para ler o texto completo (em italiano), clique aqui

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