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ONU confirma data em que o papa Francisco discursará em sua Assembleia Geral

United Nations (UN) – pt

Public Domain

John Burger - publicado em 20/03/15

Na pauta prevista, a perseguição aos cristãos, as catástrofes do clima e os refugiados de guerra

A Secretaria Geral da ONU confirmou hoje que o papa Francisco discursará na Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 25 de setembro, no contexto do 70º aniversário da organização. O discurso na ONU faz parte de um roteiro mais amplo do papa nos Estados Unidos, cujo foco principal é a participação dele na Jornada Mundial das Famílias na Filadélfia.

O secretário-geral da ONU declarou sua confiança de que a visita de Francisco inspirará a comunidade internacional em seus compromissos com a defesa da dignidade humana, da justiça social, da tolerância e da compreensão entre os povos do mundo.

Nesta assembleia, os governos deverão adotar acordos vinculativos sobre as alterações climáticas e definir novas metas de desenvolvimento para os próximos 15 anos. Além destas urgências, pairam sobre a sessão os fantasmas da guerra na Síria, da expansão dos jihadistas islâmicos por todo o Oriente Médio e da guerra étnica que vem martirizando o mais novo país do mundo, o Sudão do Sul.

O Vaticano é influente nas Nações Unidas, em particular no tocante aos acordos internacionais sobre direitos sexuais e reprodutivos. Desta vez, o papa Francisco também pretende incentivar compromissos internacionais voltados a reduzir os gases de efeito estufa e ajudar os países pobres a se protegerem de catástrofes climáticas. Além disso, ele tem enfatizado a necessidade de se abordar a desigualdade global e vem instando os países europeus a aceitarem mais refugiados de guerra que chegam do Oriente Médio e do Norte da África. Todas estas questões são centrais nas discussões na ONU.

O padre Gerald Murray, da paróquia Sagrada Família, em Manhattan, comemorou a notícia da viagem de Francisco a Nova Iorque: "A melhor maneira de a Igreja ajudar a ONU é o papa ir lá e falar não só aos líderes mundiais, mas também aos funcionários". Muitos paroquianos do sacerdote trabalham na ONU e estão felizes com a visita do papa. "Quando Bento XVI foi lá [em 2008], muitas pessoas que trabalham na ONU tiveram a oportunidade de vê-lo. Agora é um passo a mais: [Francisco] vai ter uma conversa com as pessoas que trabalham na ONU".

Austin Ruse, líder do C-FAM, Centro para a Família e os Direitos Humanos, anteriormente chamado de Instituto para a Família Católica e os Direitos Humanos, declarou à Aleteia: "Os bispos da África têm denunciado com clareza o que eles chamam de ‘imperialismo cultural’ de ONGs radicais e de agências da ONU. Isso faz parte do estilo da ONU em questões de planejamento familiar, educação sexual, aborto, casamento e toda a panóplia de proposições fracassadas ​​da revolução sexual. Eu espero decididamente que o papa Francisco fale sobre isto. Ele vai ser recebido de braços abertos, corações abertos e ouvidos abertos. Eles vão ouvir, mesmo que ele transmita uma mensagem dura".

Francisco é o quarto papa que discursa perante a ONU, depois de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.

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