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O que podemos fazer desde já para evitar novos desastres aéreos?

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Zoe Romanowsky - publicado em 27/03/15
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Um especialista cita 3 medidas que podem ser tomadas imediatamente
Robert Goyer, editor-chefe da revista Flying, afirma que é preciso agir imediatamente para evitar que uma tragédia como a do voo 9525 da Germanwings volte a acontecer.

Embora seja raro que pilotos sequestrem o próprio avião, o fato é que não é a primeira vez que isto acontece. Goyer recorda o recente incidiente de fevereiro de 2014 em que um piloto da Ethiopian Airlines aproveitou a ida do co-piloto ao banheiro, se trancou na cabine e desviou o voo Addis Abeba-Roma para Genebra, onde pretendia pedir asilo político. Foram momentos de pavor para todos os passageiros e para a tripulação.

Goyer foi contrário à decisão de permitir o bloqueio dos cockpits por dentro, tomada nos Estados Unidos após o 11 de Setembro de 2001. "Eu temia que isso facilitasse os atentados cometidos por pilotos, como no famoso caso do voo 990 da EgyptAir, de Nova York para o Cairo, em 1999". Naquela ocasião, o piloto derrubou o avião no Oceano Atlântico, matando todos a bordo.

Desde o 11 de Setembro de 2001, não houve nenhuma violação de cockpit, mas agora é preciso impedir que os próprios pilotos sequestrem aviões. A este propósito, Goyer faz três recomendações, a primeira das quais já começou a ser implantada por algumas das principais companhias aéreas do mundo:
 

1 – Que
dois membros da tripulação estejam obrigatoriamente no cockpit em todos os momentos do voo, o que significa que, se um piloto ou co-piloto tiver de ir ao banheiro, por exemplo, um comissário de bordo deverá entrar até que ele volte. Não é uma solução perfeita, diz Goyer, mas é um bom começo.

2 –
Triagem psicológica obrigatória dos pilotos, "para tentar identificar quaisquer tendências sociopatas". Esta medida tampouco funcionará sempre, mas uma triagem bem feita deverá reduzir os riscos.

3 – Investimento em
sistemas de computador de bordo que impeçam os pilotos de fazer qualquer coisa absurda, como programar uma descida capaz de derrubar o avião.

"Podemos impedir totalmente um piloto de causar danos? Provavelmente não", opina Goyer, "mas podemos começar a perseguir este objetivo desde já. Custa dinheiro, mas é a maneira de acabar com esses terríveis assassinatos em massa em que os aviões são usados como armas".

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