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Você já mentiu hoje?

Mentira

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Aleteia Brasil - publicado em 01/04/15

1º de Abril: uma ótima oportunidade para fazer o propósito de parar de mentir

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Que mal tem uma mentirinha?

“Foi por uma boa causa”. “Foi para proteger fulano”. “Teria sido pior contar a verdade”. As desculpas para justificar as pequenas mentiras do dia-a-dia são quase infinitas. Com tanta desculpa, até nos convencemos de que, no fim das contas, mentir nem é tão grave assim.

Agora não minta: você já mentiu hoje? Distorceu alguma informação? Exagerou? “Enfeitou”? Mentiu nem que fosse para evitar que alguém se decepcionasse ou ficasse magoado?

(Tudo bem, hoje é 1º de Abril e não há problema algum em participar da brincadeira, desde que seja com bom senso e responsabilidade. Mas repita-se as perguntas do parágrafo acima amanhã. E depois de amanhã. E na semana que vem…).

É em casa que aprendemos a mentir

Existem (muitas) famílias que têm o hábito das pequenas mentiras. Toca o telefone de casa e você não quer atender. O que você manda o seu filho dizer para quem ligou?

As pequenas mentiras, aprendidas em família, parecem “normais”, “inofensivas”. O problema é que elas vão formando a base do hábito de mentir. Os próprios pais incentivam esse hábito, mesmo sem querer. Com as pequenas mentiras assimiladas como coisa normal, o passo para as mentiras maiores é quase espontâneo. Mentir se transforma, facilmente, em nosso “pecado de estimação”. Mentir se torna tão “normal” que chegamos a duvidar da possibilidade de que exista uma única pessoa no planeta que não minta.

Mas por que mentimos tanto?

Muitas vezes, mentimos simplesmente porque não sabemos como dizer a coisa certa. Fugimos de situações constrangedoras dizendo estar ocupados, cansados ou doentes. Recorremos às mentiras para esconder a nossa dificuldade de dizer “não”. Em outras palavras, mentimos por pura covardia. Optamos pela mentira, muitas vezes, por vergonha de admitir que fizemos algo errado ou que omitimos algo certo que deveríamos ter feito.

Acontece que, não poucas vezes, as mentirinhas “inofensivas” vão virando grandes e perigosas mentironas, que, cedo ou tarde, se transformarão em problemas. A sabedoria popular avisa: mentira tem perna curta. Será mesmo que não existem outras maneiras mais maduras de lidar com as situações do dia-a-dia sem apelarmos para a saída cômoda das “mentirinhas”?

É possível parar de mentir!

Crescemos em ambientes que nos incentivaram a cultivar o hábito das pequenas mentiras. Mas não precisamos transmitir aos nossos filhos esse mesmo hábito. É um mau hábito. É um legado ruim.

– O primeiro passo para mudar a mentalidade conivente com a “mentirinha” é reconhecer que somos mentirosos.

– Reconhecido este fato, devemos nos perguntar quais são as mentiras que costumamos contar.

– E finalmente, temos que nos perguntar quais são as causas dessas mentiras: por que preferimos fugir de certas verdades?

Podemos eliminar as causas das nossas mentiras?

Você mente para se justificar quando chega atrasado? Não seria melhor eliminar a causa do atraso, para não precisar mais tentar se justificar?

Você não cumpre os seus compromissos e mente para se desculpar? Não seria melhor passar a ser responsável e respeitar a sua própria palavra, cumprindo aquilo que promete?

Às vezes, você mente para não parecer “grosso”, mas isso também não é desculpa. Prefira educar as pessoas que se comportam de maneira inadequada com você, dizendo com clareza e gentileza que tipo de comportamento você espera delas. Por exemplo, se você mente que não está em casa quando alguém avisa que Fulano está lhe telefonando, não seria melhor falar claro e informar ao fulano, educadamente, quais são os horários e lugares em que você não pode ou não deseja ser perturbado? Depois de falar claro com ele, você se sentirá mais à vontade se precisar recusar uma ligação dizendo abertamente que no momento não pode atender. Simples, não é? Além de superar a saída cômoda da “mentirinha”, você eleva o relacionamento com essa pessoa a um nível mais maduro e honesto.

Se você mente quando alguém lhe faz uma pergunta impertinente, não seria melhor dizer com elegância e clareza a esse alguém que o assunto em questão é particular? Afinal, você não é obrigado a contar aos outros o que não lhes diz respeito. Se nesses casos você prefere mentir, comete duas falhas: além de mentir, ainda perde a oportunidade de educar um intrometido.

Se uma pessoa é habitualmente incapaz de suportar as verdades proferidas por você, talvez essa pessoa precise de ajuda para amadurecer. E essa ajuda certamente não consiste em poupá-la das coisas que ela precisa ouvir e compreender.

Mentir impede a sua liberdade pessoal

O esforço para eliminar as causas das suas mentiras é profundamente recompensador para você mesmo. Se você começar a trabalhar consciente e decididamente para eliminar os atos e as omissões que não gosta de admitir, estará eliminando boa parte das causas que o levam a mentir.

Este exercício é fundamental para ajudá-lo a enxergar uma série de coisas que você prefere esconder em vez de resolver. Essas coisas fazem parte do conjunto de causas das suas mentiras. Pergunte-se: você não se sentiria mais aliviado e mais orgulhoso de si próprio se conseguisse eliminar as situações que o levam a contar as mentiras do dia-a-dia?

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