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Papa Francisco aos cristãos: jamais cultivar o ódio

Pope Francis on audience, greeting the crowds in St Peter’s Square, the Vatican © Martin Podzorny / Shutterstock.com – pt

<a href="http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=164173436&amp;src=id" target="_blank" />Pope Francis on audience, greeting the crowds in St Peter's Square, the Vatican</a> © Martin Podzorny / Shutterstock.com

&lt;a href=&quot;http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=164173436&amp;src=id&quot; target=&quot;_blank&quot; /&gt;Pope Francis on audience, greeting the crowds in St Peter&#039;s Square, the Vatican&lt;/a&gt; &copy; Martin Podzorny / Shutterstock.com<br />

Vatican News - publicado em 17/04/15

"Quando temos antipatia, ódio, não deixem que cresçam, parem, deem tempo ao tempo. O tempo coloca as coisas em harmonia e nos faz ver o lado justo das coisas"

O Papa Francisco pediu hoje, em sua homilia na Casa Santa Marta, que os cristãos jamais cultivem sentimentos de ódio nem guardem ressentimentos, pois essas são atitudes que acabam explodindo em insultos e guerras.

“É possível que um homem reaja a situações difíceis usando os modos de Deus?” Sim, confirmou o Papa, “é só questão de tempo. O tempo de se deixar permear pelos sentimentos de Jesus”. Francisco o explica analisando o episódio contido na leitura dos Atos dos Apóstolos, quando eles estão sendo julgados no Sinédrio, acusados de pregar o Evangelho, que os doutores não queriam nem ouvir. Todavia, um fariseu, Gamaliel, aconselha a deixar os Apóstolos, porque ‘se a doutrina deles tivesse origens humanas, seria destruída, o que não aconteceria se viesse de Deus’. O Sinédrio aceita a sugestão, ou seja – destaca o Papa – decide ganhar ‘tempo’. Não reage seguindo o instintivo sentimento de ódio, e isto – segundo o Papa – é um ‘remédio’ certeiro para todo ser humano: 

Harmonia

“Dê tempo ao tempo. Isto é útil para nós, quando temos pensamentos negativos sobre os outros, sentimentos ruins. Quando temos antipatia, ódio, não deixem que cresçam, parem, deem tempo ao tempo. O tempo coloca as coisas em harmonia e nos faz ver o lado justo das coisas. Mas se reagirmos no momento da fúria, é certo que seremos injustos. Injustos. E faremos mal a nós mesmos. Este é um conselho: o tempo, o tempo, no momento da tentação”. 

Quando guardamos um ressentimento, nota Francisco, é inevitável que exploda. “Explode no insulto, na guerra”, observa, e “com estes sentimentos ruins contra os outros, lutamos contra Deus”, enquanto “Deus ama os outros, a harmonia, ama o amor, o diálogo, ama caminhar juntos”. “Acontece comigo também”, admite o Papa: “Quando não gostamos de alguma coisa, o primeiro sentimento não é de Deus, é sempre ruim. Ao contrário, devemos parar – exclama Francisco – dar espaço ao Espírito Santo para que nos faça ir ao justo, à paz”. Como os Apóstolos, que são flagelados e deixam o Sinédrio “felizes” por terem sido insultados pelo nome de Jesus”: 

Orgulho

“O orgulho dos primeiros leva a querer matar os outros, já a humildade, também a humilhação, leva a se parecer com Jesus. E isso é algo que nós não pensamos. Neste momento, em que tantos irmãos e irmãs são martirizados em nome de Jesus, eles estão neste estado, têm neste momento a felicidade de sofrer insultos, inclusive a morte, pelo nome de Jesus. Para fugir do orgulho dos primeiros, há somente a estrada de abrir o coração à humildade, e a ela jamais se chega sem a humilhação. Esta é uma coisa que não se entende naturalmente. É uma graça que devemos pedir”.

A graça, concluiu Francisco, “da imitação de Jesus”. Uma imitação testemunhada não somente pelos mártires de hoje, mas também por aqueles “tantos homens e mulheres que sofrem humilhações todos os dias e pelo bem da própria família” e “fecham a boca, não falam, suportam por amor de Jesus”:

“E esta é a santidade da Igreja, esta alegria que dá a humilhação, não porque a humilhação é bela, não, isso seria masoquismo, não: porque com aquela humilhação se imita Jesus. Duas atitudes: a do fechamento que leva ao ódio, à ira, a querer matar os outros; e a da abertura a Deus no caminho de Jesus, que faz receber as humilhações, inclusive as mais fortes, com esta felicidade interior porque estamos certos de caminhar na estrada de Jesus”.

(Rádio Vaticano)

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