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É bom fazer terapia de vidas passadas?

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Joan Antoni Mateo - publicado em 23/04/15

É preciso levar em consideração dois fatores importantes ao avaliar este tema

Pergunta

O que o senhor opina sobre a terapia de vidas passadas? Um parente meu faz esse tipo de terapia com regressões e me disse que obtém bons resultados. Por exemplo, contou-me que um paciente que tinha uma forte dor na coluna foi curado ao regressar à vivência de uma vida passada na qual era um escravo que teve um acidente na coluna. Para mim, tudo isso parece ter pouco fundamento científico, mas, se funciona… O que o senhor recomendaria a uma pessoa que faz esse tipo de terapia?

Resposta

Eu recomendaria muita sensatez e bom senso. Conheci pessoas que buscam todo tipo de tratamento porque não encontraram solução para seus problemas em tratamentos convencionais. Também constatei que, muitas vezes, o que alguns desses terapeutas fazem é simplesmente dar atenção às pessoas, ouvi-las, e essa atenção já costuma ter um efeito positivo.

Quanto aos resultados, eu me inclinaria a considerar o chamado “efeito placebo” e um dinamismo poderoso da mente que muitas vezes desconhecemos. É preciso ter cuidado com certas “terapias”.

O que você conta da cura de uma dor na coluna por ter regressado a outra encarnação na qual a pessoa era um escravo me convence tanto quanto se alguém me dissesse que não gosta de carne de porco porque em outra encarnação era um porco…

Além disso, no caso que você comenta, há um elemento muito importante a ser considerado: a incompatibilidade de certas “terapias” com a fé cristã. E isso basta para descartá-las, se a pessoa for católica. A teoria da reencarnação, um pressuposto básico deste tipo de terapia, é incompatível com a fé.

Os cristãos não acreditam na reencarnação, e sim na ressurreição.

Eu não nego que a pessoa possa receber influências importantes por parte dos seus antecessores e, de fato, a genética demonstra isso. Mas falar de regressão a vidas passadas já é outra história.

Eu admiro muito as terapias naturais, mas sempre levo em consideração dois fatores: sua racionalidade (ainda que não tenhamos uma explicação exaustiva delas) e sua compatibilidade com a fé.

Neste sentido, eu não descartaria que a terapia que você menciona dê bons resultados, mas sim descarto absolutamente que tais resultados se devam a verdadeiras regressões.

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