Para a superação da crise interna e a condução da renovação da OEA, Almagro conta com um capital político pessoal invejável: o apoio de todo o espectro político continental, de Caracas a Washington.
O ex-chanceler uruguaio foi eleito para o cargo de secretário-geral com nada menos que 33 votos a favor, nenhum contra e uma misteriosa abstenção, cuja autoria nunca foi revelada.
Mais cedo, em seu primeiro discurso como secretário-geral, Almagro afirmou que pretende ser o facilitador da renovação da OEA, indicando um dos principais desafios de sua gestão.
Em 2014, a OEA aprovou um ambicioso plano de renovação, inicialmente lançado por Insulza, para tentar adaptar a entidade, nascida da Guerra Fria, em 1948, aos desafios contemporâneos.
Neste cenário, as tarefas prioritárias de Almagro são a redefinição da situação orçamentária da OEA, a superação das evidentes divisões internas e, novamente, recuperar a credibilidade política da entidade.
Outro desafio de Almagro será fortalecer o sistema regional de direitos humanos, que é conduzido pela Comissão (CIDH) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CorteIDH).