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O papa volta a deixar bem claro: “A Igreja não tem ligação com nenhum sistema político”

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Aleteia Vaticano - publicado em 09/06/15

Francisco pede que os bispos “não desperdicem energia em divisões” e sim protejam “a transcendência humana”

Não desperdicem energia em divisões e confrontos. Optem por construir e trabalhar juntos", pediu o papa Francisco aos bispos da ilha de Porto Rico, que viajaram ao Vaticano para realizar a sua “visita ad limina apostolorum”, ou seja, o seu encontro com o pontífice “junto aos túmulos dos apóstolos”.

O papa recomendou que os bispos “se distanciem de todas as ideologias ou tendências políticas que levam a perder tempo e a desperdiçar o zelo genuíno pelo Reino de Deus. A Igreja não tem ligação com nenhum sistema político. Ela deve ser sempre um sinal e uma proteção da transcendência da pessoa humana”.

Francisco afirmou também que o anúncio do Evangelho deve ser feito “em todos os ambientes, inclusive nos mais hostis e afastados da Igreja”. O cristianismo, afinal, é o anúncio e o encontro com uma Pessoa, não a defesa e a implantação de uma ideologia: “Nós anunciamos Cristo; e Cristo crucificado”. Não se trata de ser alheios ou alienados em relação às situações do mundo: muito pelo contrário, trata-se precisamente de pôr em prática uma nova vida em Cristo, realizando e testemunhando o Evangelho do amor e da paz no dia-a-dia, na vida real, com mais atos e menos conversa fiada, com mais testemunho e menos discussões estéreis, dentro de casa, na convivência carinhosa e generosa com os pais, cônjuge e filhos, com todos os membros da família, elevando o nível de alegria, esperança e colaboração junto aos amigos, vizinhos, companheiros de trabalho, envolvendo-se na ação social efetiva que ajuda os mais pobres, os mendigos, os sem-teto, as crianças e idosos negligenciados, as pessoas sem esperança, as “periferias existenciais”. É importante falar, mas é preciso ser.

Nessa perspectiva do amor mais concreto e menos teórico ou ideológico, o papa voltou a enfatizar a fundamental importância de se destacar “a beleza do matrimônio”, caracterizado pela “complementaridade entre homem e mulher, que é a coroação da criação de Deus e que sofre hoje o desafio da ideologia de gênero”.

“As diferenças entre os homens e as mulheres não são para contrapor ou subordinar, e sim para permitir a comunhão e a geração, à imagem e semelhança de Deus. Sem a entrega recíproca, nenhum dos dois pode compreender-se com profundidade”, arrematou o papa, diante das crescentes e intolerantes tentativas laicistas de considerar quaisquer formas de união romântica ou sexual entre pessoas como equivalentes ao compromisso perpétuo e amoroso do matrimônio natural, que é aberto naturalmente à vida e à criação conjunta e harmônica dos filhos dentro das referências naturais ao masculino e ao feminino. Respeitando-se o livre arbítrio e as escolhas pessoais de cada um, é preciso deixar claro que a família natural é um fato único e específico, um tesouro a ser protegido.

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