"Não tenho esse tipo de prática. Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem qualquer irregularidade sobre mim ou a minha campanha", declarou aos jornalistas.
"Minha campanha recebeu dinheiro legal, registrado, 7,5 milhões de reais. Na mesma época em que recebi os recursos (…), o candidato que concorria comigo também recebeu, com uma diferença muito pequena de valores. Eu estou falando de Aécio Neves", disse sobre o senador do PSDB.
No fim de semana, a revista "Veja" publicou que o empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, deu informações detalhadas de como ele financiou campanhas à margem da lei e distribuiu suborno. O artigo diz que Pessoa usou dinheiro da rede de corrupção da Petrobras para pagar as despesas de 18 personalidades políticas de alto nível.
Segundo as investigações do Ministério Público Federal, 16 empreiteiras formaram um clube, entre elas as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez – cujos presidentes presos na semana passada -, para definir quem ganharia cada licitação e a que preço. As cotações recebiam o aval dos diretores da Petrobras, que cobraram suborno de 1% a 3% do valor dos contratos e depois distribuíam parte do arrecadado a partidos políticos.
Este esquema provocou prejuízos de mais de 2 bilhões de dólares à Petrobras.
A presidente Dilma não poupou críticas a estes depoimentos. "Nunca recebi esse senhor (…) Estive presa durante a ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas. Eu garanto para você que eu resisti bravamente (…) Eu não respeito delator".