Pelo menos 28 pessoas, em sua maioria civis, morreram neste sábado em bombardeios do regime sírio contra Al-Bab, uma cidade controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na província de Aleppo (norte), informou uma ONG.
Entre os 28 mortos estão 19 civis, incluindo três crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma ampla rede de fontes na Síria.
Os outros nove corpos ficaram carbonizados e não é possível determinar se são civis ou integrantes do EI, informou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Segundo os Comitês de Coordenação Locais (LCC), uma rede de ativistas, o regime atacou um mercado.
Tanto o exército sírio como a coalizão antijihadista liderada por Washington bombardeiam com frequência Al-Bab, controlada pelo EI desde o início de 2014.
Segundo vários ONGs, o regime bombardeia as áreas sob controle dos rebeldes ou os jihadistas com barris de explosivos, um tipo de armamento que provoca muitas mortes e graves danos.
No bombardeio deste sábado, o regime utilizou recipientes muito grandes, "três vezes mais potentes", segundo Abdel Rahman.
O presidente sírio Bashar al-Assad negou várias vezes o uso de barris de explosivos por seu exército.
Também na região norte do país, vários ataques da coalizão internacional contra Raqa, "capital" do EI na Síria, mataram um líder jihadista local de nacionalidade saudita e três combatentes sírios do grupo extremista, informou o OSDH.
Desde setembro de 2014, a coalizão internacional bombardeia posições do EI, sobretudo no norte da Síria, o que permitiu às forças curdas ganhar terreno ante os jihadistas.
A guerra na Síria provocou mais de 230.000 mortes e quatro milhões de refugiados desde 2011.
No sul do país, um bombardeio do exército sírio na sexta-feira dizimou uma família em uma localidade da província de Deraa no momento do iftar, a refeição que encerra o jejum diário durante o mês do Ramadã.