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De repente, alguém lhe pergunta: “O que você acha do casamento gay?”

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Tom Hoopes - publicado em 27/01/21

4 modos cristãos de responder, inspirados no exemplo do papa Francisco

Mais cedo ou mais tarde, vai acontecer com você uma cena parecida com esta: você está batendo um papo com seus colegas e com seu chefe durante um breve intervalo ao lado do bebedouro, quando o seu chefe comenta:

“Me convidaram para um casamento gay neste fim de semana. É a primeira vez que eu vou. O que você acha do casamento gay?”.

O que um católico pode responder, de forma clara e ao mesmo tempo sem prejudicar a própria carreira, de forma respeitosa, mas não indulgente, de forma verdadeira, mas não áspera?

O papa Francisco já nos deu muitas dicas de como dar testemunho perante o mundo. Aqui vão algumas delas:

1. A sua vida deve falar por você mais do que as palavras.

“A evangelização não consiste em fazer proselitismo, porque o proselitismo é uma caricatura da evangelização. A evangelização consiste em atrair com o testemunho aqueles que estão afastados. Significa aproximar-se de quem se sente distante de Deus na Igreja, de quem se sente julgado e condenado por aqueles que se consideram perfeitos e puros” (Papa Francisco, 7 de julho de 2015, na viagem ao Equador).

Seja o tipo de pessoa que serve aos outros sem julgá-los, mas que tem princípios claros e os aplica para si mesmo e para os outros com autenticidade e gentileza.

2. As pessoas só prestam atenção ao vocabulário que entendem.

“Jesus, o Mestre, ensina as multidões e o pequeno grupo dos seus discípulos adaptando-se à sua capacidade de entender. Jesus não tenta bancar o professor. Em vez disso, ele procura chegar ao coração das pessoas, à sua razão e às suas vidas, para que elas possam dar frutos” (Papa Francisco, 7 de julho de 2015, na viagem ao Equador).

O mundo de hoje acha que o casamento é uma declaração pública de afeto e de romance, e não uma instituição que, baseada no amor e na complementaridade entre homem e mulher, promove a procriação. O mundo de hoje não entende por que os sentimentos românticos não são suficientes para um verdadeiro casamento.

Traduzindo o conceito cristão de matrimônio em termos que o mundo de hoje pode compreender melhor, você poderia dizer algo como isto: “Eu acredito que o casamento é o ápice do romance: são duas pessoas totalmente unidas, tão totalmente que elas consagram a vida uma à outra, com tamanha força que elas geram nova vida uma com a outra. É uma entrega sem volta, um amor que supera tudo e que não se fecha para a vida”.

3. Mostre que o casamento faz bem, desde que não faça mal à família.

Em geral, a modernidade rejeita todos os princípios morais, exceto um: “Não faça o mal para os outros”. E muita gente acha que o casamento homossexual não faz mal a ninguém – mas proibi-lo faz mal aos homossexuais.

Acontece que a redefinição do conceito de casamento machuca, sim, a própria unidade básica da sociedade: a família. Uma família intacta e amorosa eleva muitos indicadores sociais: as crianças nascidas e criadas por seu pai e sua mãe têm mais estabilidade psicológica, têm maior probabilidade de se formar e ter um bom trabalho e são menos propensas a cometer crimes, a sofrer a pobreza ou a ter filhos fora do casamento.

Falando a diplomatas no Vaticano, o papa Francisco declarou:

“A família, não com pouca frequência, é considerada descartável, graças à expansão de uma cultura individualista e centrada em si mesma, que rompe os laços humanos e leva a dramáticas quedas nas taxas de natalidade, assim como a legislações que beneficiam várias formas de coabitação em vez de promover adequadamente a família para o bem da sociedade como um todo”.

4. Mostre que Jesus e a Igreja são relevantes

Ainda no Equador, o papa declarou:

“Jesus sabe que a felicidade, a verdadeira, a que preenche os nossos corações, não está nas marcas caras. Ele sabe que a real felicidade é se aproximar dos outros, aprendendo a chorar com os que choram, estando perto dos que se sentem tristes, dando-lhes um ombro onde chorar, um abraço. Se não sabemos chorar, também não sabemos rir, não sabemos viver”.

O mundo de hoje acha que a Igreja não tem nada de bom a oferecer – ela apenas machuca as pessoas com seus dogmas insensíveis. Na verdade, bem diferente de ser um peso, ela é um alívio dos pesos do mundo e um caminho para a verdadeira felicidade com Jesus.

Se vivermos de modo a demonstrar essa certeza em nossa vida, nossos amigos e colegas vão querer saber um pouco mais sobre os nossos porquês.

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