Certas afirmações mais atrapalham do que esclarecem o conceito de "casamento"
Os defensores radicais das uniões entre pessoas do mesmo sexo ficaram tão arrogantes que começaram a criminalizar quem pensa diferente. Tudo em nome da "tolerância", é claro. Em Québec, no Canadá, um ministério do governo andou fazendo parceria com ativistas homossexuais para monitorar e punir as manifestações contrárias às uniões do mesmo sexo, acusando-as de "incitação ao ódio".
Brian Brown, presidente da Organização Nacional para o Casamento, dos EUA, afirmou durante uma conferência de lideranças católicas em Charlotte, no mesmo país:
"Os defensores do casamento natural estão sendo tachados de racistas. Nossos pontos de vista estão sendo deslegitimados e nós estamos sendo estigmatizados. Em breve, poderemos ser legalmente processados. Isto significa que qualquer igreja cristã que defende o casamento tradicional será tratada como a Universidade Bob Jones quando aplicava políticas racistas. Este é o futuro, a menos que lutemos contra ele”.
Se você acha que Brian Brown está sendo alarmista, observe o que está acontecendo em outros “países livres”. Na Dinamarca, o governo ordenou que as igrejas luteranas celebrem cerimônias de casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Canadá, uma escola católica particular foi obrigada por juízes a parar de ensinar a moral sexual cristã. Você acha que as autoridades de outros países vão agir de modo diferente depois que os cristãos ficarem marcados como moralmente equivalentes aos skinheads? Não é de admirar que radicais lésbicas de topless se sentiram confiantes o suficiente, na Europa, para atacar um arcebispo católico idoso que estava explicando a moral sexual cristã: elas sabiam que o seu ataque covarde passaria batido. E passou mesmo.
É evidente que nós, cristãos, estamos perdendo: não só perdendo o apoio do Estado à lei natural, mas também a nossa própria liberdade real, no dia-a-dia, para praticar a nossa fé. Os fiéis cristãos estão sendo expulsos para fora dos limites de uma sociedade "aceitável".
O que está menos claro é o porquê de estarmos perdendo. Equiparar a união homossexual ao casamento, até recentemente, parecia tão ultrajante a ponto de um grande “moralista cristão” como Bill Clinton liderar o esforço para proibi-lo nos Estados Unidos. Como foi que ele se tornou de repente uma "questão de direitos civis" aparentemente intocável?
O que aconteceu foi que nós não conseguimos argumentar de forma eficaz, e, por falta de pensar, cedemos à oposição as premissas maiores. Nós pensamos com o coração e sentimos com a cabeça e, de modo geral, não conseguimos defender nem a fé nem a razão. Agora é hora de começar do zero.
Vamos listar assim, para começar, os argumentos que NÃO devem ser usados:
1. “Temos que defender o conceito teológico de casamento”.
2. “Tememos que o nosso próprio casamento seja afetado quando esse mesmo termo for usado para descrever também as uniões homossexuais”.
3. “Somos contra as uniões homossexuais porque o que ‘essa gente’ faz nos dá nojo”.