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Francisco chega a Havana, na terceira visita de um pontífice a Cuba

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AFP

Agências de Notícias - publicado em 19/09/15

Em seu voo de 12 horas de Roma para Havana, o papa disse aos jornalistas que "o mundo tem sede de paz"

O papa Francisco chegou neste sábado à tarde à Havana iniciando sua histórica visita a Cuba e Estados Unidos, depois de ter tido um papel-chave na reconciliação entre os velhos rivais da Guerra Fria.

O avião do pontífice pousou às 15h50 do horário local (19h50 GMT) no aeroporto José Martí, onde o presidente Raúl Castro o aguardava com bispos cubanos, incluindo o arcebispo de Havana, o cardeal Jaime Ortega, a quem cumprimentou com abraços afetuosos.

Depois disso, crianças cubanas lhe entregaram um buquê de flores e o papa conversou rapidamente com elas, enquanto centenas de cubanos acenavam do terraço do aeroporto.

“Cristo vive, Cristo vive”, gritava a multidão.

A banda presente tocou “La Bayamesa”, o hino nacional de Cuba, enquanto se disparava uma salva de palmas em homenagem a Francisco, o terceiro papa a visitar a ilha.

“Santidade (…), nos sentimos muito honrados com sua visita”, disse Raúl Castro em seu discurso de boas-vindas, em uma cerimônia em que estavam presentes vários membros da cúpula do governo cubano.

O pontífice convocou os governantes de Estados Unidos e Cuba a avançarem no processo de normalização das relações diplomáticas, restabelecidas no dia 20 de julho, depois de uma reaproximação iniciada em 2014 graças à sua mediação.

“Há vários meses, estamos sendo testemunhas de um acontecimento que nos enche de esperança: o processo de normalização das relações entre dois povos, depois de anos de distanciamento. Animo aos responsáveis políticos a continuar avançando por esse caminho”, declarou o papa diante do presidente Raúl Castro e dos bispos cubanos.

O papa Francisco também pediu os meios necessários para que a Igreja Católica exerça o seu trabalho “com liberdade” na ilha, e enviou uma saudação ao pai da revolução cubana, Fidel Castro.

“Hoje renovamos esses laços de cooperação e amizade (com o governo comunista cubano) para que a Igreja continue acompanhando o povo cubano em suas esperanças e preocupações, com liberdade e todos os meios necessários para levar o anúncio do Reino (de Deus) às periferias existenciais da sociedade”, disse o papa ao presidente Raúl Castro e aos bispos cubanos em sua chegada em Havana.

Em seu voo de 12 horas de Roma para Havana, o papa disse aos jornalistas que “o mundo tem sede de paz” e pediu que “cada um construa pequenas pontes para edificar a grande ponte da paz”.

O papa começou uma viagem de oito dias, a mais longa de seu pontificado, com uma visita de três dias a Cuba, onde encontrará o povo cubano e se reunirá com os dirigentes do país.

Na terça-feira, o papa segue para os Estados Unidos.

(Com AFP)

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