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Bud Spencer: agora preciso da fé mais do que nunca

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Eric Montfort

Gelsomino Del Guercio - publicado em 02/10/15

O ator de 86 anos fala de religião e faz um balanço da sua vida: “Cometi muitos erros, agora estou nas mãos do Senhor”

“Com quem eu gostaria de ter minha última refeição? Um belo prato de spaghetti, em companhia de Jesus.”

Ele foi um herói do “Spaghetti Western”, junto a Terence Hill, depois de triunfar em sua juventude como campeão olímpico de natação.

Agora, Bud Spencer, em uma recente entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag, a propósito do seu novo livro, “Como Ergo Sum”, se confessa sobre temas íntimos e muito delicados: sua relação com a religião, com o final da vida, com o que há depois da morte.

“Em minha velhice avançada, preciso da religião, preciso da fé. Creio em Deus, isso é o que me salva”, explica Carlo Pedersoli (seu verdadeiro nome). No entanto, continua ele, “percebi que tudo aquilo a que eu dava um grande valor não é nada: o esporte, no qual eu queria me afirmar, a popularidade. Quem se orgulha dessas coisas, quem busca somente o sucesso, a fama, é um idiota.”

Erros e arrependimentos

Bud admite não ter sido precisamente um santo em sua vida. E só agora percebe os erros do passado. “Cometi muitos erros, com as mulheres, com os amigos, erros grandes, loucuras. Agora que tenho quase 86 anos, vejo as coisas de maneira muito diferente. A vida me ensinou que as coisas importantes são outras.”

Ele não evita o tema da morte, muito pelo contrário: “Estou cada vez mais apaixonado pela vida, cada dia que passa, mas a morte não me assusta. Porque acho que, na verdade, a pessoa não morre, e que a alma continua viva mesmo depois de deixar a terra. Tenho certeza de que a vida continua. No entanto, enfrentarei a morte com dignidade, e com a mesma dignidade enfrentarei o juízo de Deus”.

“Não sou um herói”

Esta mesma dignidade o leva a dizer: “Não me interessa um ‘adeus’ de heróis. Sou um homem como os outros. A vida é uma farsa, muita fumaça para os olhos, muitas alegrias, mas também muitas desilusões. O heroísmo, no meu caso, é algo artificial, uma ficção. O verdadeiro herói é somente aquele que dá a vida pelo seu país ou protege sua família com um ato extraordinário. Eu não sou um desses”.

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Cinema
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