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O que o papa Francisco nos pede em sua mensagem para a Jornada Mundial do Emigrante e do Refugiado

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Aleteia Brasil - publicado em 05/10/15

“O Evangelho da misericórdia interpela as consciências e impede a resignação diante do sofrimento do outro”

A Igreja vai celebrar a Jornada Mundial do Emigrante e do Refugiado no dia 16 de janeiro de 2016. Para essa ocasião, o papa Francisco publicou uma mensagem específica, que, segundo o cardeal Antonio Maria Vegliò, presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, “faz parte do contexto do Ano Jubilar da Misericórdia, ponto de referência para toda a Igreja nos próximos meses”.

O título da mensagem do papa é “Migrantes e refugiados nos interpelam: a resposta do Evangelho da Misericórdia“.

O cardeal se disse impactado com “o quanto o papa Francisco é concreto”, em referência ao pedido para que toda paróquia e estrutura religiosa na Europa acolha uma família. Graças a esta iniciativa, “cerca de 600.000 migrantes poderão encontrar uma solução”.

E complementa: “A migração está assumindo proporções imensas e muitas tragédias estão ocorrendo no mundo inteiro. Temos que reconhecer que este fenômeno, em todas as suas formas, exige de nós uma resposta. Porque são pessoas concretas, com rosto, identidade, com uma família. Não são pacotes, nem números, nem meras estatísticas”.

Ao mesmo tempo, o cardeal observa um aspecto crucial da atual tragédia migratória: toda pessoa tem o direito de imigrar, mas, antes ainda, tem o direito de “não emigrar”. Ou seja, as vítimas desta crise precisam obter as condições justas para poderem permanecer na sua própria terra, sem serem forçadas a abandoná-la.

Destaques da mensagem do papa Francisco

“Com frequência cada vez maior, as vítimas da violência e da pobreza, depois de abandonarem a sua terra de origem, sofrem o ultraje dos traficantes de pessoas humanas durante a viagem rumo ao sonho de um futuro melhor”.

“Não é raro que (os imigrantes) se encontrem (nos países aos quais recorrem) com falta de normas claras para regular o acolhimento e prever a integração no curto e no longo prazo, com atenção aos direitos e aos deveres de todos”.

“O Evangelho da misericórdia interpela as consciências, impede a resignação diante do sofrimento do outro e indica respostas baseadas nas virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, realizadas nas obras de misericórdia espirituais e corporais”.

“Os fluxos migratórios são uma realidade estrutural. A primeira questão que se impõe é a superação da fase de emergência, para se dar espaço a programas que considerem as causas das migrações, das mudanças que ocorrem e das consequências que remodelam os rostos das sociedades e dos povos”.

“As histórias dramáticas de milhões de homens e mulheres interpelam a comunidade internacional”.

“É sempre uma tragédia quando se perde ainda que seja uma única vida humana”.

“Como fazer com que a integração seja uma experiência enriquecedora para ambos os lados, que abra caminhos positivos para as comunidades e evite o risco da discriminação, do racismo, do nacionalismo extremo e da xenofobia?”.

“Muitas instituições, associações, movimentos, grupos comprometidos, organismos diocesanos, nacionais e internacionais, vivem o maravilhamento e a alegria da festa do encontro, do intercâmbio e da solidariedade”; porém, “não deixam de multiplicar-se os debates sobre as condições e sobre os limites ao acolhimento, não só nas políticas dos países, mas ainda em comunidades paroquiais que se sentem ameaçadas na sua tranquilidade tradicional”.

“Somos guardiões dos nossos irmãos e irmãs, não importa onde eles vivem”.

“A Igreja apoia todos aqueles que lutam para defender os direitos de todos a viver com dignidade, exercendo em especial o direito a não ter de emigrar, podendo colaborar para o desenvolvimento do país de origem (…) É preciso evitar, se possível já na origem, a fuga e os êxodos causados pela pobreza, pela violência e pela perseguição”.

“A opinião pública seja informada de modo correto, inclusive para evitar os medos injustificados e as especulações que prejudicam os migrantes”.

“O amor de Deus tem de alcançar a todos e cada um”.

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