Se você quer mesmo ajudar a mudar o mundo, que tal organizar uma iniciativa prática e concreta na sua rua?O papa Francisco enviou uma carta a todos os participantes do III Fórum Mundial de Desenvolvimento Local, que acontece de 13 a 16 de outubro em Turim, na Itália, enfatizando que, “antes de qualquer plano ou programa, existem homens e mulheres concretos, que vivem, lutam e sofrem e que devem ser os protagonistas do próprio destino. O desenvolvimento humano integral e o exercício pleno da dignidade humana não podem ser impostos”.
Francisco avisa que os planos de desenvolvimento correm o risco de ficar só no discurso, “criando um efeito tranquilizador sobre as consciências”, e recorda que é fundamental medir os resultados reais e, principalmente, trabalhar no âmbito local para que os resultados sejam efetivos.
Na carta, o papa destaca o pensamento cristão na Itália, que, seguindo as diretrizes do papa Leão XIII na encíclica Rerum Novarum, “ofereceu uma análise econômica baseada no âmbito local e territorial e, a partir dele, propôs opções para a economia mundial”.
O sábio e concreto lembrete de Francisco recorda um famoso ditado popular:
“Quem quer mudar o mundo, que varra primeiro as suas próprias calçadas”.
Como é que nós, católicos, podemos colocar em prática essa diretriz?
Participando mais ativamente, como munícipes, no desenvolvimento da nossa própria rua. Como é a nossa rua? Tem mendigos e sem teto? Tem crianças carentes? Tem violência e insegurança? Tem problemas estruturais? Como é o trânsito? Qual é a qualidade da rua em si e das calçadas? É arborizada? Tem boa iluminação pública? Tem bons serviços de telefonia e internet? Tem rede de esgoto? Tem praça ou área pública de lazer nas proximidades? Tem bom acesso ao transporte público? Tem associação de moradores?
Se não cuidamos da nossa própria rua, que tipo de coerência pode ter o nosso discurso em defesa de maior desenvolvimento do nosso país e das regiões mais pobres do mundo?
COMPARTILHE ESTA REFLEXÃO: é somente se cada um de nós fizer a própria parte no seu âmbito local mais imediato que poderemos criar um efeito multiplicador positivo, mudando o mundo de verdade e na prática.