Não é de hoje que o papa Francisco promove iniciativas concretas para combater a “cultura do descarte” que mantém milhões de pessoas nas “periferias da existência”. Uma das causas mais óbvias para que tantos e tantos seres humanos permaneçam à margem dos avanços da humanidade é a falta de acesso a uma educação integral, que, além do conhecimento, também promova o comportamento cidadão.
Foi com esta consciência que, quando ainda era arcebispo de Buenos Aires, o então cardeal Mario Bergoglio criou o projeto “Scholas Occurrentes” (pronuncia-se “Skólas Okurrentes”).
Trata-se de uma rede internacional de escolas localizadas em regiões pobres. Além de fortalecer os currículos, as escolas da rede passam a aplicar programas de promoção social, fomentando o que o papa Francisco chama de “cultura do encontro”. A proposta é vincular escolas do mundo inteiro para compartilhar os melhores projetos educativos, enriquecendo-se mutuamente e dando especial apoio às escolas que possuem menos recursos.
Entre as diretrizes e linhas de ação da rede, há campanhas de conscientização em valores humanos que contam com o incentivo de personalidades influentes no imaginário das crianças, como os jogadores de futebol Lionel Messi e Gianluigi Buffon, que são apoiadores.
A rede, que hoje está presente em 70 países, se desenvolveu a partir de dois projetos prévios: a “Escuela de Vecinos” e as “Escuelas Hermanas”, ambas criadas por Bergoglio na capital argentina.
E o projeto não para de crescer: agora, o papa Francisco transformou a rede “Scholas Occurrentes” em “pia fundação autônoma de direito pontifício”, com base na “coerência entre os seus fins de educação e promoção humana e a missão da Igreja”. Isto quer dizer que a rede, sem fins lucrativos, passou a ser uma fundação pontifícia, apoiada diretamente pela Santa Sé.
Conheça mais no site da Scholas e siga a Scholas Occurrentes no Facebook (em espanhol).