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Papa Francisco: abrir o coração ao Espírito Santo não é fácil

Pope Francis wears a Scout’s scarf during an audience to catholic Scouts – pt

AFP PHOTO / TIZIANA FABI

Pope Francis wears a Scout's scarf during an audience to catholic Scouts at the Paul VI audience hall on November 8, 2014 at the Vatican. AFP PHOTO / TIZIANA FABI

Vatican News - publicado em 22/10/15

É uma tarefa difícil – reconheceu o Papa – “porque a nossa fraqueza, o pecado original e o diabo sempre nos levam para trás”

Abrir o coração ao Espírito Santo: foi o que pediu o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta quinta-feira (22/10), na Casa Santa Marta.

O Papa afirmou que a conversão, para o cristão, “é uma tarefa, é um trabalho de todos os dias”, que nos leva ao encontro com Jesus. Como exemplo disso, Francisco contou a história de uma mãe doente de câncer que fez de tudo para combater a doença.

O Papa se baseou na Carta de São Paulo aos Romanos para sublinhar que para passar do serviço da iniquidade à santidade, devemos nos esforçar cotidianamente.

Não somos faquires

“São Paulo usa a imagem do atleta, pessoa que treina para se preparar para a jogo, e faz um esforço enorme”, disse o pontífice. “Mas se essa pessoa faz todo esse esforço para vencer um jogo, nós que devemos obter aquela vitória grande do Céu, o que devemos fazer?”. São Paulo nos exorta a ir prosseguir neste esforço”:

“Padre, podemos pensar que a santidade vem do esforço que eu faço, assim como a vitória do atleta vem por causa do treinamento? Não. O esforço que nós fazemos, este trabalho cotidiano de servir ao Senhor com a nossa alma, com o nosso coração, com o nosso corpo, com toda a nossa vida somente abre a porta ao Espírito Santo. É Ele quem entra em nós e nos salva! Ele é o dom em Jesus Cristo”. Caso contrário, nos assemelharemos aos faquires: não, nós não somos faquires. Nós, com o nosso esforço, abrimos a porta.”

Não retroceder diante das tentações

Uma tarefa difícil, reconheceu o Papa, “porque a nossa fraqueza, o pecado original e o diabo sempre nos levam para trás”. O autor da Carta aos Hebreus, acrescentou, “nos adverte contra esta tentação de retroceder”, de “regredir, de ceder”. É preciso “ir avante – exortou – sempre: um pouco a cada dia” mesmo “quando existe uma grande dificuldade”:

“Alguns meses atrás, encontrei uma mulher. Jovem, mãe de família – uma bela família – que tinha um câncer. Um câncer feio. Mas ela vivia com felicidade, agia como se estivesse saudável. E falando desta atitude, me disse: ‘Padre, faço de tudo para vencer o câncer!’. Assim deve ser o cristão. Nós que recebemos este dom em Jesus Cristo e passamos do pecado, da vida de injustiça à vida do dom em Cristo, no Espirito Santo, devemos fazer o mesmo. Um passo a cada dia. Um passo a cada dia”.

Treinamento da vida

O Papa indicou algumas tentações, como a “vontade de falar mal” de alguém. E naquele caso, disse, é preciso se esforçar para calar. Ou quando ficamos com preguiça de rezar, mas depois acabamos rezando um pouco. Partir das pequenas coisas, reiterou Francisco:

“Nos ajudam a não ceder, a não retroceder, a não voltar para a injustiça, mas a ir avante rumo a este dom, esta promessa de Jesus Cristo, que será propriamente o encontro com Ele. Peçamos ao Senhor esta graça: de sermos bons, de sermos bons neste treinamento da vida rumo ao encontro, porque recebemos o dom da justificação, o dom da graça, o dom do Espírito em  Cristo Jesus”.

(Com Rádio Vaticano)

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