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O dia em que três papas renunciaram (!)

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Alvaro Real - publicado em 09/11/15

Uma das épocas mais turbulentas de toda a história da Igreja nos reafirma: “As portas do inferno não prevalecerão sobre ela”

Quando Gregório XII foi eleito para o pontificado, após a morte de Inocêncio VII em 1406, havia em Avignon, na França, outra pessoa que afirmava ser papa.

Embora reclamasse falsamente o papado, o antipapa francês estava criando uma grande confusão na Igreja. Quando foi eleito, Gregório XII concordou em renunciar caso o antipapa francês fizesse o mesmo, permitindo, assim, que a Igreja elegesse um novo pontífice. Depois de muitos anos de impasse, apareceu um segundo antipapa. No final, a situação se resolveu quando Gregório XII autorizou o Concílio de Constança e renunciou.

O Concílio de Constança começaria em 5 de novembro de 1414: o único dia em toda a história em que se diz que três papas renunciaram, e no qual teve fim, formalmente, o grande Cisma do Ocidente. É necessário precisar, no entanto, que só um dos “três papas” era verdadeiro; os outros dois eram antipapas.

O concílio aconteceria na catedral de Constança e, no início, foi considerado uma continuação do Concílio de Pisa, que, em 1409, tinha deposto Gregório XII e Bento XIII, elegendo como papa Alexandre V (João XIII seria seu sucessor). Aos poucos, foi ganhando corpo a ideia da abdicação voluntária dos chamados “três papas”.

A proposta de renúncia de Gregório XII caso os antipapas também renunciassem conseguiu levar a Igreja católica de volta à unidade, na pessoa de Martinho V.

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