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Ele era muçulmano, filho de imã, casado com muçulmana praticante – e se converteu a Cristo

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Aleteia Brasil - publicado em 08/12/15

"Não me importa ser francês ou argelino; eu sou um cidadão do céu"

Motorista de caminhão, nascido na França em 1963, Tahar é filho de um imã, casado com uma muçulmana praticante e pai de quatro filhos pequenos. Em 1982, ele se converteu ao cristianismo.

Aleteia: Por que você se tornou cristão?

Tahar: Quando eu passei uns meses na Argélia, na década de 1980, comecei a praticar o islã. Foi aí que eu li a Sura 9, que apela à guerra santa: “Combatei os incrédulos que estão entre vós; que eles encontrem a vossa dureza”. Naquele momento em que eu percebi que o islã não coincide com o espírito de paz e de amor, eu também conheci argelinos convertidos a Cristo. Eu tive a graça de ver a verdade.

Por que eu? Eu não sei, mas dou graças ao Senhor. Meu pai era imã e nunca teve a oportunidade de compreender o Evangelho. É verdade que não é fácil aceitar Jesus em sua vida. Quando eu me converti, em 1982, comecei a pregar o Evangelho na Argélia; eu sempre ficava no último assento do ônibus por medo de levar uma punhalada. Mas quando você tem Jesus na sua vida, você agradece a Deus dia e noite. Ninguém é melhor que os outros, mas Deus nos deu a graça. Hoje, não me importa ser francês ou argelino: eu sou um cidadão do céu.

Aleteia: Como anunciar a Boa Nova?

Tahar: Hoje de manhã eu distribuí calendários cristãos durante a minha pausa. No trabalho, eu coloquei uma etiqueta atrás da minha jaqueta: “Eu amo Jesus”. Alguns tiram sarro… Não conseguimos falar de Jesus com todos. Mas temos que mostrar o seu amor de uma forma ou de outra, mesmo que às vezes nos achem bobos. Um dia, um cigano bem forte me disse que todo mundo tinha medo dele, mas, depois que ele se converteu, ninguém mais o temia. As pessoas diziam: “O Antoine mudou”. A fé torna o coração bom. Mas não temos o direito de forçar ninguém a se tornar cristão. Cada um tem que fazer a escolha.

Aleteia: Qual é a sua opinião sobre os recentes ataques em Paris?

Tahar: Não é de surpreender. Com esses ataques, vemos a verdadeira face do islã. Não é culpa dessas pessoas; é o que o alcorão prega. Tem gente que diz que eles são loucos ou fundamentalistas, mas eles estão simplesmente aplicando o islã ao pé da letra. Todo mundo sabe, mas ninguém diz para não ofender a sensibilidade dos muçulmanos. Os muçulmanos, na sua maioria, são pessoas boas, mas eles têm um véu diante dos olhos. Eles aspiram a um islã de paz e de verdade, mas isso não existe. Por exemplo, no islã, se eu não perdoo você quando você me ofende, Deus também não pode perdoá-lo. Ou seja, um muçulmano não se faz só igual a Deus: ele se acha superior a Deus.

Aleteia: Como reencontrar um clima de paz e de esperança?

Tahar: Eu desejo que todos os muçulmanos conheçam o Evangelho, porque não é fazendo as orações ou o ramadã que somos salvos, mas é ao saber que Jesus Cristo é o nosso Salvador. Os muçulmanos vivem na incerteza. “Inshallah” significa “se Deus quiser”. E se Ele não quiser? A paz vai ser possível quando Jesus retornar em toda a Sua glória. É a única esperança. Mas eu sei que Deus ama os muçulmanos, tenho certeza! Recentemente, na Argélia, eu conheci um homem de 80 anos que tinha acabado de fazer uma peregrinação a Meca. Chegando lá, ele viu Jesus, que lhe disse: “Volte para o lugar de onde você veio”. Ele voltou para a Argélia e se converteu a Cristo, aos 80 anos. Então, há esperança!

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