Todo ano, as pesquisas realizadas pelo instituto Pew Research Center (PRC), dos Estados Unidos, lançam novas luzes para quem quer entender melhor a complexa realidade do mais poderoso país do planeta – uma realidade que influencia direta ou indiretamente o mundo inteiro.
Listamos a seguir dez informações significativas:
- Apenas 19% dos norte-americanos afirmam confiar sempre ou quase sempre no governo federal. É a menor porcentagem de confiança no governo nos últimos 50 anos.
- A classe média dos Estados Unidos está diminuindo. Após quatro décadas sendo o motor da economia do país, ela tem visto alguns poucos dos seus membros ascendendo para a riqueza, mas muitos outros caindo para a pobreza.
- Pela primeira vez desde a década de 1940, há mais imigrantes do México deixando os Estados Unidos do que chegando para viver o “sonho americano”. Dois fatores têm grande influência neste quadro: o excesso de repressão na fronteira e a lenta recuperação da economia norte-americana depois da grande recessão de 2008.
- Há um aumento substancial na porcentagem de norte-americanos que acham que o país precisa continuar fazendo mudanças para dar aos negros os mesmos direitos usufruídos pelos brancos. Em julho de 2015, 59% dos cidadãos afirmaram a necessidade dessas mudanças, contra 46% em março de 2014.
- Os chamados “Snake People” ultrapassaram a geração “Baby Boomers” e se tornaram a mais numerosa geração da história dos Estados Unidos. Há hoje cerca de 75,3 milhões de “Snake People” (jovens e adultos de 18 a 34 anos), contra os 74,9 milhões de “Baby Boomers” (mesma faixa etária, mas no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial).
- Para notícias sobre política e governo, as redes sociais são hoje para os “Snake People” o que a televisão local foi para os “Baby Boomers”. 61% dos “Snake People” procuram notícias de política prioritariamente nas redes sociais, com o Facebook em primeiro lugar.
- Para os adolescentes do país, as redes sociais vão muito além do Facebook e do Instagram. Embora estas duas redes absorvam 71% dos usuários, muitos deles usam pelo menos outras sete redes sociais em seus smartphones. Aliás, 75% dos adolescentes dos EUA têm smartphone.
- Os cristãos estão perdendo porcentagem de participação na população dos Estados Unidos, enquanto cresce a porcentagem de adultos do país que não se identificam com nenhuma religião organizada. Os cristãos caíram de 78% em 2007 para 71% em 2014, enquanto os que não se identificam com nenhuma religião passaram de 7% para 14% no mesmo período.
Para encerrar, os últimos dois dados são sobre o islã no mundo:
- A população de países com significativa presença muçulmana expressou visão negativa sobre o chamado Estado Islâmico. A pesquisa, feita em 11 países, revela que esta visão negativa se intensificou depois dos recentes ataques em Paris, Beirute e Bagdá. O único país da pesquisa em que a maioria vê o Estado Islâmico “sem opinião definida” é o Paquistão.
- O islã está crescendo mais rapidamente que qualquer outra grande religião no mundo, panorama que continuará nas próximas quatro décadas. Segundo as projeções do PRC, os muçulmanos crescerão pelo menos duas vezes mais rápido que a média da população mundial entre 2010 e 2050. No final do século XXI, haverá mais muçulmanos que cristãos no planeta.