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O verdadeiro Luke Skywalker não foi a nenhuma galáxia

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Esteban Pittaro - publicado em 13/01/16

Mark Hamill é um homem simples e disponível para todos os que se aproximam dele

A carreira artística de Mark Hamill teve um sucesso prematuro, quando ele interpretou o papel de Luke Skywalker em Star Wars. Desde então, mesmo tentando se desapegar daquele papel, ele acabou compreendendo que seu nome sempre estará ligado ao do Jedi.

Certa vez lhe perguntaram se seu personagem havia sido para ele uma bênção ou uma maldição. “Tudo é relativo. O que é difícil de aceitar para mim é que, de alguma maneira, Luke tem uma vida própria que eu não posso controlar. Mas não é nada que me tire o sono. Foi uma parte divertida, mas só isso”, relativizou ao Aftonbladet da Suécia, em 1997.

Sua carreira artística o levou à Broadway, mas não o afastou totalmente do cinema. Hamill adora dar voz às animações, “porque as pessoas não podem ver você e então você acaba tomando decisões que nunca tomaria em uma atuação ao vivo”.

Mas encontrar Mark não é tão difícil quanto encontrar Luke no último filme da saga Star Wars. Por enquanto, é possível inclusive escrever-lhe no Twitter (@hamillhimself). Lá, o ator dialoga com seus seguidores, responde a quase todos os tuítes, e sempre com muito humor, com poucas palavras e às vezes com sarcasmo.

– O que você sentiu ao ver que no último roteiro de Star Wars você tinha pouco a dizer?
– Sem palavras.

Outro seguidor lhe enviou um vídeo do jovem Hamill brincando com um avião de Star Wars e lhe perguntou se continua fazendo isso. “Estou fazendo isso neste instante”, respondeu.

Outro seguidor lhe escreveu:

– Sou um grande fã seu. Seria uma honra se você me escrevesse de volta.
– De volta.

E ainda outro:

– “¿Podrías decir algo en español? (você poderia dizer algo em espanhol?)
– Algo.

Hamill usa outra parte do Twitter para assessorar seus seguidores na compra de produtos de coleção assinados por ele em sua juventude, consultoria que oferece esperando que não tenham de pagar muito por isso. “É sua assinatura a que aparece na foto?”, perguntam. “Não, é a de um robô. Diga não à pirataria”.

Hamill responde, dá likes aos tuítes, dialoga, brinca. Os recursos retóricos que ele utiliza e os horários de resposta são evidências que confirmam que não existe um exército de clones respondendo ou escrevendo em seu nome.

Hamill é uma celebridade acessível, próxima, um personagem disponível para os seus seguidores por meio do Twitter. Um artista cuja carreira teve um momento prematuro de exposição, mas consciente do valor simbólico que ela supõe para várias gerações de cinéfilos aqui na terra.

O verdadeiro Luke é muito mais acessível que o personagem. Uma lição de vida para as efêmeras celebridades que em pouco tempo desaparecem no espaço.

Tags:
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