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Religião perseguida na China?

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Miriam Diez Bosch - publicado em 13/01/16

A perseguição religiosa está vinculada a regimes autoritários

A China não mediu palavras. Considerou “infundado” um relatório que a descreveu como “país preocupante” quando se trata de liberdade religiosa. O Governo já protestou, argumentando que respeita a religião.

A Comissão Internacional de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos afirmou em seu relatório anual que a China é “um país de preocupação especial”, uma classificação que incluiu também o Vietnã, Mianmar e a Coreia do Norte.

“O relatório está cheio de preconceitos políticos e acusações infundadas, algo a que a China opõe-se firmemente”. Assim se expressou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying.

A China já apareceu mal em outro texto, o Relatório sobre Liberdade Religiosa de 2014, elaborado anualmente pela organização Ajuda à Igreja que Sofre.

Lá se especificava que a perseguição religiosa está vinculada a regimes autoritários.

Quando surgem estas acusações, a China exige de quem as realiza que não “interfira nos assuntos internos sob o pretexto religioso”.

Hua assegura que o governo chinês respeita e protege a total liberdade religiosa de seus cidadãos.

Segundo a agência Asinews.it, “a Associação Patriótica e o Ministério de Assuntos Religiosos sequestraram da Igreja bens e dinheiro, que em cumprimento das leis chinesas devem ser devolvido aos seus legítimos proprietários”.

Segundo a Fundação Pew, em sua Projeção sobre o Futuro das Religiões, 52,2% dos chineses consideram-se “sem religião”.

Massimo Introvigne, coordenador do Observatório sobre a Liberdade Religiosa na Itália, criado pelo Ministério de Assuntos Exteriores, disse a Aleteia que é preciso ser cauteloso sobre o número de chineses que se consideram “sem religião”.

Ele é co-autor do livro Cinesi a Torino (Chineses em Turim), e viu que os entrevistados se declaram “sem religião” porque formalmente não estão afiliados a uma Igreja ou templo, porém, “as entrevistas revelaram que eles não são ateus, sendo que têm muitas crenças e práticas religiosas”.

Sobre a liberdade religiosa, as leis chinesas permitem a prática de todas as religiões que não expressam oposição ao Governo e que são “patrióticas”, ou seja, que não reconheçam os líderes designados por autoridades que não residem na China.

“Compreendo que para a embaixada chinesa esta é uma autêntica liberdade religiosa, mas não está de acordo com os critérios das convenções internacionais”, declarou.

Como disse o Papa Francisco, “não há liberdade religiosa se é para limitar a Igreja à sacristia e se se proíbe sua expressão, também de maneira crítica, sobre os grandes temas da política e da sociedade”. Quem o faz na China é castigado duramente, como demonstra a repressão do movimento Falun Gong.

“A ideia de que somente as associações patrióticas cujos líderes são nomeados pelo Partido Comunista podem regular com a aprovação da vida religiosa chinesa é uma grave violação da liberdade religiosa”, disse o sociólogo italiano.

Embora, acrescenta, “é certo que, pública e privadamente, hoje se intensificam os contatos entre a Igreja patriótica e a Igreja Católica fiel a Roma”.

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