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O papa Francisco receberá o patriarca da Igreja ortodoxa da Etiópia – que Igreja é essa?

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Aleteia Brasil - publicado em 26/02/16
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Abuna Matias I é o atual líder dos 35 milhões de fiéis dessa tradição cristã com características únicasNa próxima segunda-feira, 29, o papa Francisco receberá em audiência o patriarca da Igreja ortodoxa etíope Tewahedo, Abuna Matias I, que também se encontrará com o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos e fará uma visita ao túmulo de São Pedro, o primeiro papa de todos os cristãos.

A Igreja ortodoxa etíope tem 35 milhões de fiéis e mantém uma intensa tradição monástica. Ela faz parte do “tronco” ortodoxo oriental e tem características únicas, entre as quais a observância de práticas judaicas como o shabbat, a circuncisão e as restrições e regras de alimentação.

Quanto à liturgia, suas raízes são coptas e seu conteúdo é bastante influenciado pela tradição siríaca. Até pouco tempo atrás, era celebrada no antigo idioma ge’ez, mas hoje o uso da língua amárica, a mais falada na Etiópia, cresce na maioria das paróquias.

O primeiro evangelizador dos etíopes, segundo a tradição, foi São Frumêncio, cidadão romano que sofreu um naufrágio no Mar Vermelho e chegou à Etiópia. Retornou à Europa, foi ordenado bispo por Santo Atanásio e se mudou de vez para a Etiópia a fim de evangelizar.

Entre os templos da Igreja ortodoxa etíope, são mundialmente famosas as onze igrejas escavadas na rocha na cidade de Lalibela (imagem).

O atual patriarca, Abuna Matias I, foi eleito em 28 de fevereiro de 2013.

De acordo com o comunicado do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, as relações entre a Igreja ortodoxa etíope Tewahedo e a Igreja católica “são cordiais e se intensificam”. O patriarca precedente, Abuna Paulos, tinha feito duas visitas ao Vaticano: a primeira em 1993, quando foi recebido por São João Paulo II, e a outra em 2009, quando o papa Bento XVI o convidou a falar na II Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a África. Abuna Paulos apresentou então aos bispos os desafios dos povos africanos.

Desde São João Paulo II, o empenho da Igreja em promover a unidade entre os cristãos cresceu exponencialmente, em resposta concreta ao pedido de Cristo: “Que todos sejam um”. O compromisso continuou firme durante o pontificado de Bento XVI e se torna ainda mais claro sob o papado de Francisco, que já colhe vários frutos do trabalho de comunhão plantado por seus predecessores.

Oremos com Cristo para “que todos sejamos um”.

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