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Síria autoriza novos comboios de ajuda para zonas sitiadas

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AFP

Agências de Notícias - publicado em 23/03/16

O regime sírio autorizou que ajuda humanitária seja entregue às áreas sitiadas, mas continua a recusar o acesso a dois redutos rebeldes, Duma e Daraya, informou nesta quarta-feira um alto funcionário da ONU.

Jan Egeland, chefe de um grupo de trabalho humanitário na Síria, saudou os “progressos” no acesso dos comboios de ajuda aos civis sírios.

“Contabilizamos 384.000 pessoas desde o início deste ano em áreas de difícil acesso ou sob cerco”, disse ele em uma coletiva de imprensa organizada em paralelo com as negociações de paz em Genebra.

Um comboio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), do Crescente Vermelho sírio e da ONU chegou na terça-feira a 56.000 pessoas na região de Al Huleh (centro), onde não havia nenhuma assistência desde outubro, informou.

“O comboio de 27 caminhões transportava alimentos, equipamentos para reparar o sistema de abastecimento de água e recursos médicos”, afirmou o CICV em um comunicado.

“Um segundo comboio deve chegar nos próximos dias e irá transportar geradores e equipamentos para garantir o abastecimento de água”, acrescenta o comunicado.

No último fim de semana “também conseguimos entrar em Aleppo, pelo oeste”, acrescentou Egeland, cujo grupo de trabalho tem como objetivo ajudar 1,1 milhão de sírios antes do final de abril.

Para conseguir isso, pediu ao governo de Bashar Al-Assad autorização para que os comboios possam acessar 11 zonas sob cerco ou inacessíveis. “Recebemos garantias verbais do governo para 8 ou 9 áreas”, disse ele.

Entre as cidades bloqueadas pelo regime estão Duma e Daraya, redutos da oposição, localizadas perto de Damasco, ressaltou.

Em relação à região de Deir Ezor, perto da fronteira com o Iraque, onde cerca de 200.000 pessoas estão cercadas pelo grupo Estado Islâmico (EI): “acredito que logo poderemos dizer que conseguimos lançar pacotes por via aérea”, previu.

“É uma questão de dias ou semanas, não meses”, esclareceu.

A trégua em vigor na Síria desde 27 de fevereiro – exceto em áreas controladas pelo EI e Frente Al-Nosra – facilitou consideravelmente o acesso aos civis. Em cinco anos, a guerra na Síria causou 270.000 mortos e milhões de deslocados.

(AFP)

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