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Fayçal Cheffou, o enigmático jornalista que abraçou a Jihad

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Agências de Notícias - publicado em 28/03/16

Fayçal Cheffou, acusado e detido pelos ataques em Bruxelas, era um jornalista comprometido que se converteu em recrutador de jihadistas, um verdadeiro enigma para os investigadores que suspeitam que ele pode ser um dos homens que aparece nas imagens do aeroporto antes dos atentados.

Se esta hipótese for confirmada, Fayçal Cheffou, acusado por “assassinatos terroristas” e atualmente detido, seria o misterioso “homem de chapéu” que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas no dia dos ataques.

No vídeo, o homem, usando um casaco claro e uma camisa celeste, caminha perto dos dois suicidas antes das explosões. Najim Laachraoui e Ibrahim El Bakraoui explodiram seus artefatos um minuto antes das 08H00 no aeroporto de Bruxelas-Zaventem.

Ele foi detido na quinta-feira, quando era seguido pelos investigadores e passava justamente diante da procuradoria de Bruxelas.

Por ora, a procuradoria federal não determinou claramente se ele é o “homem do chapéu” que aparece nas imagens.

Fontes ligadas às investigações afirmaram no sábado à AFP que se trata da Cheffou, 30 anos, um jornalista independente que foi acusado no ano passado de recrutar jihadistas entre os refugiados que chegam à Europa.

Ele morava em um bairro tranquilo situado perto de onde se encontram as instituições do governo europeu.

Seus vizinhos o descrevem como uma pessoa amável e discreta.

Cheffou pode ser visto em um vídeo postado no YouTube, em 2014, no qual pede que seja respeitado o direito dos solicitantes de asilo.

Com um microfone na mão, aparece com cabelo bem curto e uma barba cuidada, na saída de um centro de detenção para migrantes, acusando a administração de servir comida fora do horário que determina a lei islâmica durante o Ramadã, o jejum sagrado dos muçulmanos.

Vinz Kanté, apresentador de um programa da rádio Fun Radio na Bélgica, trabalhou com ele em 2008 em outra estação e se lembra dele como alguém “apaixonado e inteligente, que ouvia as pessoas”. “Ele amava o jornalismo, a televisão e a mídia”, declarou à rádio RTL.

Mas seu ex-colega também lembra de como progressivamente começou a falar de teses conspiratórias cada vez mais paranoicas que achava na internet.

“Ele via o mal por todos os lados”, contou Vinz Kanté, acrescentando que, por causa disso, começou a se afastar dele.

Em 2015, Cheffou começou a chamar a atenção das autoridades, que o acusam de recrutar jihadistas entre os solicitantes de asilo.

As autoridades chegaram a revistar sua casa, onde não encontraram armas ou explosivos.

(AFP)

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