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Grécia expulsa segundo grupo de migrantes para a Turquia

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Agências de Notícias - publicado em 08/04/16

A Grécia expulsou nesta sexta-feira para a Turquia um segundo grupo de migrantes, ao mesmo tempo que a Alemanha anunciou uma forte redução dos pedidos de asilo, enquanto a Europa tenta solucionar a mais grave crise migratória desde o fim da II Guerra Mundial.

Os 45 migrantes, todos cidadãos paquistaneses, partiram da ilha de Lesbos a bordo de uma balsa turca, apesar dos esforços dos ativistas para impedir a segunda operação de deportação desde o anúncio do criticado acordo entre União Europeia (UE) e Turquia.

Três ativistas foram detidos quando seguraram a âncora da balsa, para tentar impedir a saída do porto de Mitilene.

Outras 30 pessoas se reuniram no porto de Lesbos e gritaram frases como “Vergonha para a UE” e “Liberdade para os refugiados”.

O grupo desembarcou no porto de Dikili (oeste da Turquia), onde os migrantes serão submetidos a “controles de identidade e de saúde”, segundo uma fonte local que pediu anonimato.

Uma vez registrados, os migrantes serão levados de ônibus “provavelmente para Kirklareli”, noroeste da Turquia, onde existe um campo de refugiados.

Um segundo grupo de 79 migrantes – em sua maioria paquistaneses – também deve zarpar de Lesbos, no Egeu oriental, e chegar à costa turca nass próximas horas.

As embarcações que transportam os migrantes são todas fretadas pela agência de fronteiras da UE, Frontex.

De acordo com o governo grego, a operação envolve aqueles que não solicitaram asilo na Grécia.

“Qualquer pessoa que pede asilo sai da lista”, afirmou uma fonte do Executivo à AFP.

Segundo os termos do acordo entre a UE e Ancara concluído no mês passado em Bruxelas, todos os imigrantes que chegaram de maneira irregular às ilhas gregas a partir da Turquia a partir de 20 de março correm o risco de expulsão.

O acordo também afirma que para cada refugiado sírio devolvido, a UE receberá outro sírio que está na Turquia, até atingir o limite de 72.000.

Em troca, a Turquia receberá uma ajuda de seis bilhões de euros e no mês de junho será suspensa a exigência de visto aos cidadãos turcos em viagens para a UE.

Na segunda-feira, o primeiro grupo de 202 migrantes foi expulso para a Turquia a partir das ilhas de Lesbos e Quios.

Diante da situação, muitos dos 3.000 migrantes bloqueados em Lesbos correram para apresentar pedidos de asilo, o que obrigou as autoridades gregas a adiar as expulsões para ter tempo de analisar as demandas individualmente.

O acordo foi muito criticado por diversas organizações, que o chamaram de “desumano”.

Dezenas de migrantes bloqueados em Lesbos e na ilha de Samos, também próxima da Turquia, anunciaram o início de uma greve de fome para evitar a expulsão e pedir a reabertura das fronteiras nos Bálcãs.

Queda de pedidos de asilo

Na Alemanha, a apresentação de novos pedidos de asilo registrou queda de 66%, com 20.000 pessoas cadastradas em março, contra 60.000 em fevereiro, anunciou nesta sexta-feira o ministro do Interior, Thomas de Maizière.

“Em dezembro eram 120.000 pessoas, em janeiro 90.000, em fevereiro 60.000 e agora em março 20.000”, afirmou o ministro, poucas semanas depois do fechamento da rota migratória dos Bálcãs.

Em 2015 a Alemanha recebeu 1,1 milhão de solicitantes de asilo, depois que a chanceler Angela Merkel decidiu abrir as portas do país aos refugiados.

(AFP)

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