A Rússia celebrou com pompa nesta segunda-feira o 71º aniversário da vitória contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, com um desfile militar em Moscou, uma comemoração que consegue unir os russos, independentemente das diferenças políticas.
Cerca de 10.000 soldados, tanques e sistemas de mísseis desfilaram pela Praça Vermelha sob os olhares do presidente russo, Vladimir Putin, de altos funcionários e um punhado de ex-combatentes. Aviões militares cruzaram o céu, incluindo um caça Su-35, utilizado atualmente na Síria.
Putin aproveitou a ocasião para exortar a comunidade internacional a unir-se na luta contra o terrorismo.
“Temos de derrotar este inimigo, e a Rússia está aberta a juntar forças com outros Estados dispostos a trabalhar para a criação de um sistema internacional de segurança moderno e não-alinhado”, declarou aos soldados.
Mais tarde, Putin, com o retrato de seu pai -ex-combatente- na mão, desfilou pelo centro de Moscou liderando um cortejo de 400.000 pessoas, segundo a polícia, para celebrar a memória dos “defensores da pátria” contra a Alemanha nazista.
Esta marcha, a do “Regimento Imortal”, que reúne parentes de soldados envolvidos nos combates ou que foram mortos durante a guerra, foi organizada pela primeira vez em 2015.
O pai de Putin, também chamado Vladimir, pertenceu a uma unidade de sabotagem do NKVD, antecessora da KGB, durante a Segunda Guerra Mundial, a chamada “Grande Guerra Patriótica” na Rússia.
Também foi organizado nesta segunda-feira um pequeno desfile militar na base de Hmeimim (noroeste da Síria), onde a Rússia lidera uma campanha de ataques aéreos em apoio ao regime de Bashar al-Assad contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
A União Soviética perdeu cerca de 27 milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, e a vitória de 1945 foi elevada ao posto de mito fundador do patriotismo e da grandeza russa.
(AFP)