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A importância de escrever o seu Currículo de Fracassos

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Aleteia Brasil - publicado em 11/05/16

O professor de uma das melhores universidades do mundo dá o exemplo

Imagine o currículo de um professor de uma das melhores universidades do mundo.

Muita gente imaginaria errado no caso de Johannes Haushofer, professor de psicologia e assuntos públicos de Princeton, nos Estados Unidos.

Em 2011, ele fez um currículo pessoal que relata apenas os fracassos da sua carreira. A ideia do professor Haushofer é mostrar a quantidade de decepções que existem na vida de qualquer pessoa, inclusive das bem-sucedidas.

O “currículo de fracassos” segue o esquema de um currículo convencional, mas em vez de seções como “Formação e Títulos”, ele apresenta “Posições acadêmicas e bolsas que não conquistei”, “Artigos rejeitados em periódicos científicos” e “Fundos de pesquisa que não consegui”. Para finalizar, a categoria “Metafracasso” afirma, com bom humor, que “este maldito currículo de fracassos recebeu muito mais atenção que todo o meu trabalho acadêmico“. Confira aqui o currículo em inglês.

O professor escreve em certa parte do currículo:

“A maior parte das coisas que eu tento fazer dão errado, mas esses fracassos costumam ser invisíveis. Já os sucessos são visíveis. Percebi que isto, às vezes, passa a impressão de que a maioria das coisas dão certo para mim. Muita gente atribui seus fracassos somente a si mesma e não à realidade de que o mundo é imprevisível, ao fato de que candidaturas dependem de sorte e de pareceristas e comitês de seleção que têm dias ruins”.

A proposta de Johannes Haushofer é inspirar estudantes e jovens pesquisadores. Por sua vez, o professor conta que ele próprio se inspirou em uma publicação de 2010 feita na revista Nature pela neurobióloga escocesa Melanie Stefan. A pesquisadora da Universidade de Edimburgo tinha escrito:

“Este currículo será seis vezes maior que um currículo normal. Deverá ser deprimente à primeira vista, mas talvez inspire um colega seu a esquecer a rejeição e começar de novo”.

Afinal, errar é humano – e um dos nossos erros mais fatais é esquecer isto.

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