Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quarta-feira 27 Setembro |
Santa Hiltrudes
Aleteia logo
Atualidade
separateurCreated with Sketch.

Atentados reivindicados pelo EI matam mais de 120 na Síria

web-wedding-syria-photographer-ruins-town-street-000_7p0rb-joseph_eid_-_afp-ai.jpg

AFP

Agências de Notícias - publicado em 23/05/16

O regime sírio foi atingido por uma série de ataques que mataram mais de 120 pessoas em seus redutos na região costeira e que foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Os ataques que atingiram Tartus e Jableh são inéditos nessas cidades relativamente poupadas pela guerra que devasta a Síria há cinco anos.

Também são os mais violentos em 30 anos nestes redutos de alauitas, uma comunidade minoritária à qual pertence o chefe de Estado Bashar al-Assad.

Os ataques ocorrem num momento em que o EI está enfrenta uma pressão crescente na Síria e no Iraque, onde as forças do governo lançaram nesta segunda-feira a batalha para expulsar os jihadistas da cidade de Fallujah.

O EI também reivindicou um duplo atentado no Iêmen, que matou pelo menos 41 pessoas, em sua maioria jovens recrutas do exército em Aden.

Em Tartus, a série de ataques começou por volta das 9h00 (3h00 no horário de Brasília), quando dois suicidas detonaram explosivos dentro de uma estação rodoviária, seguidos pela explosão de um carro-bomba do lado de fora, de acordo com uma fonte da polícia.

“Esta é a primeira vez que ouvimos explosões em Tartus e que vemos mortos e corpos desmembrados”, testemunhou Shadi Othman, um bancário de 42 anos que visitou o local das explosões.

Quinze minutos depois, outras explosões simultâneas ocorreram em Jableh, 60 km ao norte, em frente a uma estação rodoviária, na companhia de energia elétrica e em dois hospitais, segundo uma fonte policial.

“No Hospital Nacional, um suicida detonou seu cinto de explosivos no setor de emergência, enquanto que no Al-Assaad um carro-bomba explodiu na entrada”, informou a fonte.

A televisão estatal síria exibiu imagens de veículos incendiados, sangue, fumaça e vidro.

No total, a polícia relatou quatro carros-bomba e três atentados suicidas, enquanto o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) citou dois carros-bomba e cinco ataques suicidas.

A ONG estabeleceu um balanço de pelo menos 121 mortos e dezenas de feridos, quase todos civis. Segundo a agência de notícias oficial SANA, os ataques deixaram pelo menos 78 mortos.

‘Cidade paralisada'”Esta é a primeira vez que Tartus é atingida pela guerra (…) eu vi da minha janela as pessoas correndo com medo, lojas fechadas e uma cidade completamente paralisada”, relatou Merhi, um pintor.

Os ataques seguem o modus operandi da Al-Qaeda, da qual se originou o EI, que reivindicou os ataques de acordo com agência Amaq, ligada à organização ultrarradical.

O grupo não tinha uma presença conhecida na costa da Síria, ao contrário da Frente Al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda, que combate o regime na província de Latakia. Mas a organização conta com células adormecidas para atacar seus inimigos.

Se a reivindicação for confirmada, seria um forte golpe do EI para mostrar que ainda está em ação, apesar das suas derrotas no oeste do Iraque e no leste da Síria.

Após os ataques, os moradores de Tartus culparam os refugiados de Aleppo e Idleb, que são redutos dos rebeldes, com a acusação de “simpatia para com o terrorismo”.

Tartus e Jableh abrigam respectivamente a base naval e o aeroporto militar das forças do contingente russo que apoia o regime de Assad.

“O aumento das tensões e atividades terroristas na Síria só pode suscitar grande preocupação”, reagiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, cujo país lidera há oito meses ataques aéreos contra os opositores do regime Assad.

Os ataques “demonstram mais uma vez o quão frágil é a situação na Síria e a necessidade de tomar medidas fortes para reavivar o processo de paz”, acrescentou.

“Os ataques com carros-bomba cometidos hoje pelo Daesh (sigla em árabe do EI) em Tartus (…) são odiosos”, afirmou o governo da França.

São os ataques mais violentos desde os de 16 de abril de 1986, quando bombas explodiram em Tartus e outras áreas próximas, o que provocou 144 mortes. As autoridades acusaram na ocasião a Irmandade Muçulmana com o apoio financeiro do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein.

(AFP)

Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia