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EUA: cai número de mortes por terrorismo, mas EI ainda é ameaça

<p>Captura de tela de vídeo divulgado por mídia jihadista mostra a bandeira do grupo Estado Islâmico (EI) hasteada na cidade de Sirte, Líbia, no dia 9 de junho de 2015</p>

Agências de Notícias - publicado em 02/06/16

Apesar de episódios sangrentos recentes que chegaram às manchetes de todo o mundo, o número total de mortos em ataques terroristas caiu em torno de 14% no ano passado – de acordo com um relatório do governo americano divulgado nesta quinta-feira.

Embora o grupo Estado Islâmico continue sendo uma grande ameaça, tendo realizado devastadores atentados na França, no Líbano e na Turquia, a violência e o número total de óbitos diminuíram no Paquistão, no Iraque e na Nigéria.

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Segundo números coletados pelo Departamento de Estado (DoS) americano, houve uma média de 981 “ataques terroristas” por mês no mundo todo em 2015, com 28.328 vítimas fatais ao longo desse mesmo ano.

Isso representa uma queda de 13% nos ataques e de 14% no número de mortos, em comparação a 2014, de acordo com o Consórcio Nacional para o Estudo de Terrorismo e de Respostas ao Terrorismo (Start, na sigla em inglês).

Ao mesmo tempo em que o cenário global pode ser visto como encorajador, os números apontam, porém, para um enorme aumento de episódios de violência política indiscriminada na Turquia, em Bangladesh, no Egito, na Síria e nas Filipinas.

Os dados do Start foram divulgados hoje como um anexo da avaliação anual estratégica do Departamento de Estado – “Relatórios dos países sobre terrorismo” – preparado para o Congresso.

O documento afirma que “a ameaça do terrorismo global continua a evoluir rapidamente em 2015, tornando-se, de modo crescente, descentralizado e difuso”.

O relatório também responsabiliza os países, alertando que os extremistas exploram frustrações, “quando os caminhos para a expressão de opinião livre e pacífica estão bloqueados”.

Quando países – entre eles aliados dos EUA – manipulam seus sistemas judiciários e abusos cometidos por forças de segurança e políticos corruptos permanecem impunes, atores não estatais violentos podem ganhar apoio.

Nesse contexto, a maior ameaça continua sendo o grupo EI e suas crescentes legiões de afiliados e simpatizantes no Oriente Médio, na África e no sul da Ásia.

Por um lado, o relatório do DoS afirma que o Estado Islâmico começou a perder terreno para as forças militares apoiadas pelos americanos em seu próprio autodeclarado “califado” na Síria e no Iraque e que começou a ter dificuldades para levantar recursos.

Por outro, o EI expandiu sua presença na Líbia, e seu braço na península do Sinai ganhou potência, atacando forças locais de segurança, além de assumir o atentado a um avião de carreira russo.

Em 2015, o EI ordenou e inspirou ataques “por indivíduos, ou por pequenos grupos de indivíduos radicalizados, em várias cidades ao redor do mundo”.

O grupo Boko Haram, instalado na Nigéria, prometeu lealdade ao EI em 2015. Desde então, porém, foi colocado sob crescente pressão militar das forças do governo regional.

O outrora inimigo público número um, a rede Al-Qaeda, estaria ensaiando seu retorno e continua a inspirar, ou ordenar, ataques – sobretudo no Iêmen e no leste da África.

(AFP)

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