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Por que o papa escolheu a Polônia para esta Jornada Mundial da Juventude?

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Philip Kosloski - publicado em 02/06/16

Dicas: Divina Misericórdia, São João Paulo II, Santa Faustina...

Em 2013, no Rio de Janeiro, o Papa Francisco anunciou que a próxima Jornada Mundial da Juventude seria realizada em Cracóvia, na Polônia.

Para muitos jovens, foi um momento de júbilo, mas outros ficaram confusos: onde é a Polônia? Não é frio demais por lá?

Cada vez que o papa escolhe um local para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), ele pensa em dar destaque a um tema específico. E o tema da JMJ marcada para o passado julho de 2016 nasceu desta afirmação de Jesus:

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7).

Não é surpresa nenhuma que o Papa Francisco queira chamar a nossa atenção para a misericórdia durante este Ano Jubilar. E que lugar seria melhor para isso do que Cracóvia, a terra que nos deu a devoção à Divina Misericórdia? Foi por isso que o Santo Padre escolheu ninguém menos que São João Paulo II e Santa Faustina Kowalska para serem os padroeiros da JMJ de julho de 2016.

O Papa Francisco fez um breve comentário sobre estes dois santos e sobre a escolha de Cracóvia em uma mensagem do ano passado:

“Cracóvia, a cidade de São João Paulo II e de Santa Faustina Kowalska, está esperando por nós de braços e coração abertos. Eu acredito que a Providência Divina nos levou à decisão de celebrar o Jubileu da Juventude naquela cidade, que foi lar desses dois grandes apóstolos da misericórdia em nossos tempos. João Paulo II percebeu que este é o tempo da misericórdia. No início de seu pontificado, ele escreveu a encíclica Dives in Misericordia (Rico em Misericórdia). No Ano Santo de 2000, ele canonizou a Irmã Faustina e instituiu a Festa da Divina Misericórdia, no segundo Domingo de Páscoa. Em 2002, ele inaugurou pessoalmente o Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia e confiou o mundo à Divina Misericórdia, no desejo de que esta mensagem chegasse a todos os povos da terra e enchesse os seus corações de esperança: ‘Esta centelha precisa que a graça de Deus a acenda. Este fogo da misericórdia tem de ser passado para o mundo. Na Misericórdia de Deus, o mundo encontrará a paz e a humanidade encontrará a felicidade!’. Queridos jovens! No Santuário em Cracóvia, dedicado a Jesus Misericordioso, onde Ele é retratado na imagem venerada pelo povo de Deus, Jesus está esperando por vocês”.

Muito tem sido escrito sobre São João Paulo II, Santa Faustina e seu exemplo inspirador de santidade. No entanto, poucos dos que foram à Polônia para a JMJ conheciam a história e a cultura extraordinárias em que se formaram esses dois santos. Eles não cresceram no vácuo: foram formados desde cedo pela rica cultura polonesa.

Na primeira viagem à sua terra após eleito papa, São João Paulo II exortou os jovens a manterem viva a sua herança cultural, dizendo:

“Desde as suas origens, a cultura polonesa traz em si claríssimos sinais cristãos… A inspiração cristã continua a ser a principal fonte de criatividade dos artistas poloneses. A cultura polonesa ainda flui numa ampla corrente de inspirações cuja fonte é o Evangelho. Isto contribui também para o caráter profundamente humanista desta cultura: ele a torna tão densa e autenticamente humana. Vocês estão ouvindo estas palavras de um homem que deve a própria formação espiritual, desde o início, à cultura polonesa, à sua literatura, à sua música… ao seu teatro; à história polonesa, às tradições cristãs polonesas, às escolas polonesas, às universidades polonesas. Ao falar com vocês, jovens, desta forma, este homem deseja, acima de tudo, pagar a dívida que tem com esta maravilhosa herança espiritual. Permaneçam fiéis a esta herança. Façam dela o alicerce da sua formação. Sejam nobremente orgulhosos dela. Mantenham esta herança e multipliquem-na; entreguem-na às gerações futuras”.

A JMJ de Cracóvia já passou, mas os seus efeitos não devem passar em branco: entre eles, além de todas as graças espirituais, também existe uma rica possibilidade de crescimento cultural, incluindo nisso um maior conhecimento das maravilhas que Deus fez no mundo mediante o povo da Polônia.

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